O Fluminense foi incisivo nas bolas de gol. E assim construiu a merecida vitória (1 x 3) que o levou aos 60 pontos. Jovens valores das bases, como John Kennedy e Martinelli, fizeram a diferença. O visitante chegou ao primeiro gol, justo quando o Ceará estava melhor. O Vozão desperdiçou grande chance com Vina, que recebera de Saulo Mineiro um passe na medida. O futebol tem dessas coisas. John Kennedy, que dera uma furada monumental, teve a chance de redimir-se numa bola enfiada por Nenê. O garoto revelou ter muita personalidade. Não se abateu pelo erro anterior e marcou belo gol. Na fase final, o Ceará foi em busca do empate. Wescley entrou bem. Criou situações. Numa delas, houve um bate-rebate que por pouco não resultou no empate do Vozão. Mas aí veio novamente o Fluminense letal. De Egídio o cruzamento para Martinelli ampliar (0 x 2). O Ceará diminuiu a contagem com gol de Vina, cobrando pênalti. Outra vez acendeu-se a esperança do empate. Vina teve outra chance, mas mandou para fora. Na resposta do Flu, mais uma vez predominou a frieza nas finalizações. Numa cobrança de falta de Egídio, Samuel, no meio da defesa do Ceará, matou o jogo (1 x 3).
Apagão
Ouvi algumas pessoas afirmando que o Fortaleza teve uma recaída. Não penso assim. Recaída seria voltar de vez a uma situação de derrotas consecutivas. O que houve em São Paulo foi um apagão que qualquer time pode sofrer. O que não pode acontecer é um novo apagão. Aí, sim, será recaída.
Dificuldades naturais
Na reta final, as incertezas persistem. Mas o Leão tem a vantagem de enfrentar o Bahia no Castelão. As possibilidades de classificação são todas favoráveis ao Fortaleza. O Bahia e o Vasco estão numa situação muito delicada. Ao Leão basta saber administrar a vantagem que tem.
Agora
Detalhe importante: o Fortaleza terá de definir a sua classificação agora diante do Bahia. Sem desespero, com inteligência. O Bahia terá de se expor mais. Então assumirá riscos. O Fortaleza goleou o Vasco exatamente assim, ou seja, porque o Vasco teve de buscar a vitória e deu espaços.