Os efeitos da vitória alvinegra em tempo de decisão

Leia a coluna desta sexta-feira (22)

Há um consenso de que o elenco do Fortaleza oferece mais opções do que o elenco do Ceará. Outros motivos apontam também melhores condições tricolores diante do Vozão. Exemplo: a manutenção do elenco, sob o comando do mesmo treinador, Juan Pablo Vojvoda. Enfim, o Fortaleza formado; o Ceará em Formação. São fatores analisados minuciosamente pelos cronistas esportivos. Há, porém, uma situação que merece ser apreciada: em dois jogos recentes, o Fortaleza não conseguiu ganhar do Ceará.

No primeiro jogo, deu empate (3 x 3). No segundo jogo, vitória do Ceará (1 x 0). Portanto, em 180 minutos, mais os devidos acréscimos, o Fortaleza não foi capaz de ganhar do seu maior rival, exatamente com quem terá de decidir o Campeonato Cearense de 2024. Serão mais dois jogos. O primeiro no dia 30 de março, um sábado. E o segundo no dia 06 de abril, também um sábado. Hipoteticamente, se os dois jogos passados tivessem sido válidos pelo certame estadual, o Fortaleza teria perdido o tão sonhado hexacampeonato. Então, os dois resultados serviram de alerta aos tricolores. O clássico, como de praxe, costuma nivelar equipes que estão em patamares diferentes. Em clássico-rei a diferença, não raro, desaparece. 

 

Afirmação 

 

O lateral-direito do Ceará, Raí Ramos, vai gradualmente ganhando a confiança do torcedor, na medida em que melhora o padrão de suas atuações. Tem se apresentado bem no apoio ao ataque alvinegro, realizando também bons cruzamentos. O gol que ele marcou, ou seja, o da vitória (1 x 0) sobre o Fortaleza, foi de suma importância no processo de afirmação. 

 

Exibição 

 

Há aquelas noites em que o goleiro pega tudo e mais alguma coisa. Foi o caso de Richard, goleiro do Ceará, no clássico-rei. Ele teve primorosa exibição diante do Fortaleza. Garantiu a incolumidade de sua meta. Um goleiro seguro, que tem vasta experiência. Passou por problemas de contusão que atrapalharam a sua trajetória em Porangabussu. 

 

Reflexão 

 

O técnico Juan Pablo Vojvoda terá agora justos motivos para refletir e repensar, quando tiver de enfrentar o Ceará nas duas próximas partidas, válidas pela fase final do Campeonato Cearense. Já está provado que o Ceará tem condições de exigir do Fortaleza muito mais do que a princípio se imaginava.  

 

Sem VAR 

 

É verdade que as decisões do VAR nem sempre são aceitas. Há lances em que a polêmica continua, mesmo diante da repetição das imagens. Entretanto, na maioria das vezes, o VAR tira dúvidas, sim. É, de qualquer maneira, um avanço tecnológico que auxilia na definição das coisas. Não se admite um clássico-rei sem VAR. É um absurdo. 

 

Recordando 

 

Por falar em arbitragem, ontem, na TV Diário, o homenageado no “TBT do Tom” foi o saudoso árbitro Alzir Brilhante. Nas décadas de 1950 e 1960, o professor Alzir Brilhante foi um dos melhores árbitros do futebol cearense. Homem sério, digno, competente, honrado. Merecidamente, a Escola de Árbitros da FCF, fundada por ele, foi batizada Escola de Arbitragem Alzir Brilhante.