O brilho do futebol cearense lá fora

O Ceará venceu. Tomou sufoco, sofreu 2 a 0, mas teve força mental para se estabelecer e buscar a virada. Fez 4 a 3, placar merecido, num jogo de expulsões, provocações, um pênalti perdido e dois convertidos. Além disso, a falta de respeito do presidente do Vitória, Paulo Carneiro, senhor idoso que já deveria ter educação. Guto mexeu bem. O Ceará rolou a bola com competência. E aproveitou bem os espaços dados pelos baianos. Assim fechou com gols de Vina, Carleto (contra), Sobral e Lima. O futebol baiano sofreu mais uma derrota imposta pelo Ceará, carrasco do Vitória e do Bahia, aqui e lá. Impressionante. Em São Paulo, bela atuação do Fortaleza pela Série A. Rogério Ceni optou pelo modelo tradicional. Marcou o Corinthians embaixo e trabalhou contra-ataques com saídas em velocidade de Osvaldo, Romarinho e Wellington Paulista. Foi bem. E assim, numa inversão, Wellington abriu na esquerda e cruzou para Romarinho fazer Leão 1 a 0. Na fase final, o Fortaleza poderia ter segurado à vitória. E merecia. No gol de Luan, o do empate (1 x 1), Yuri estava próximo, mas não chegou. Aí Luan pegou sem marcação. Ainda assim, essa foi uma noite de ótimos resultados. 

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Superior

Há uma necessidade muito grande de os nossos clubes permanecerem na Série A do Campeonato Brasileiro. Jamais o futebol cearense viveu momento tão especial, quanto o que experimenta agora. Na era "pontos corridos", há dois anos os nossos maiores clubes estão no patamar de cima. É prestígio.

Nordeste

Durante bom tempo, Recife e Salvador foram os centros de referência. Hoje, em programas de rede nacional, já se escuta a observação positiva sobre o modelo de gestão aplicado no futebol cearense, máxime pelo equilíbrio das finanças, superando até o delicado momento decorrente da crise financeira provocada pelo novo coronavírus.

Longo tempo

A permanência por um período longo na Série A dá maturidade. Pela primeira vez um time cearense alcança o terceiro ano consecutivo na elite, no caso o Ceará Sporting Club. Mas ainda é muito pouco em relação ao período de tempo sustentado há alguns anos pelos clubes da Bahia e de Pernambuco.

Os clubes do Nordeste ainda carecem de maior número de conquistas. O maior de todos é o Bahia que tem dois títulos brasileiros, ou seja, o de 1959 (Taça Brasil) e o de 1988 (já no modelo de competição atual).

Na elite, o futebol cearense tem apenas títulos de vice-campeão brasileiro. Duas vezes com o Fortaleza na época da Taça Brasil (1960 e 1968) e uma vez com o Ceará quando foi vice-campeão da Copa do Brasil em 1994.