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Tranquilidade alvinegra

O Ceará vive ótimo momento no Campeonato Cearense e na Copa do Brasil. Trabalha bem nas duas frentes. No "estadual", um mar de tranquilidade. Cumpre tabela amanhã diante do Guarany/S. Mas o foco mesmo está nas semifinais do certame cearense e no jogo de volta com o Grêmio Prudente em São Paulo. A propósito, a vitória sobre o Prudente (2 x 1) foi importante, mas o gol sofrido disparou o sinal de alerta. Verdade que o Ceará tem a vantagem do empate, mas uma vitória simples (1 x 0) classificará o time paulista. O regulamento da Copa do Brasil é enganoso. Um gol na casa do adversário transforma o panorama de um jogo e o muitas vezes muda o destino de quem o marca. A situação do alvinegro é confortável. Mas terá de jogar muito mais do que o fez em Horizonte, caso não queira ser surpreendido pelo Grêmio no jogo de volta.

Dupla preocupação

Elanardo, meio-campista do Horizonte, teve destacada atuação no empate (1 x 1) com o Flamengo no Rio. Tem desempenhado papel fundamental no esquema do técnico Roberto Carlos. Amanhã terá dois focos: primeiro, a luta para garantir presença na semifinal cearense; segundo, evitar contusões e poupar energias para o jogo de volta com o Flamengo. Aliás, esse jogo com o Mengo tende a ser mais difícil porque Luxemburgo agora sabe o que o espera do outro lado.

Interdependência

Para não depender de Ninguém, o Horizonte terá de ganhar do Ferroviário. Se empatar, poderá ficar fora da semifinal. /// O Guarany de Sobral também está com a mão na vaga. Mas para se garantir independente dos demais resultados, terá de ganhar do Ceará. Se empatar, poderá perder a vaga. /// O Tiradentes terá de ganhar do Limoeiro e ficar torcendo por tropeço do Horizonte ou do Guarany/S. /// Situação semelhante vive o Itapipoca: terá de ganhar do Guarani/J e torcer por tropeço do Horizonte ou do Guarany/S. O Fortaleza, que matematicamente ainda pode chegar ao G-4, terá de ganhar do Icasa e ficar torcendo por uma complicada combinação de resultados. É a situação mais difícil.

Fisionomias alteradas

O sorriso, no dia da posse no Náutico, revelava a esperança do Fortaleza na gestão Osmar Baquit (vice), Paulo Arthur (presidente) e Mozart Martins. Mas as coisas não caminharam bem. Antes da licença agora pedida por Paulo, o vice Baquit já estourara em razão de insucessos. A confusa situação requer de todos os tricolores reformulação de postura e de ação.

Convocação

Baquit, que assumiu a presidência do Leão, promete uma cruzada pela união entre os tricolores. Segunda-feira fará uma conclamação ao engajamento de todos no que considera a empreitada final, visando a evitar o desmoronamento do clube. Esse mesmo discurso já ouvi de outros ex-presidentes. Se não vingar desta vez, Deus meu... O desânimo e a descrença jamais fizeram parte do espírito tricolor, mesmo em situações de terríveis adversidades.