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Em ritmo de espera

O Ceará não colocou em campo o time reserva, como chegou a admitir. Vágner Mancini fez algumas modificações, mas sem essa de time misto. No jogo, porém, observei o alvinegro com produção limitada como a esperar o jogo contra o Grêmio Prudente pela Copa do Brasil. Administrou a situação. Itapipoca fez o que lhe é de praxe. Até esperei mais do time de Márcio Eugênio, haja vista o crescimento que o Ita teve nos jogos mais recentes. Um jogo frio, quase sem emoção. Oportunidades de gol e os momentos de melhor produção foram tão raros que prefiro entender a partida como mero cumprimento de obrigação, quando o trabalhador realiza sua missão, mas de olho no relógio de ponto: louco para ir embora. O Ceará mais uma vez, apenas com esforço razoável, fez valer seu objetivo. Passa até a ideia de que pode vencer quando bem deseja e quer, mesmo diante de algumas reações dos adversários.

Esperança coral

O objetivo do Ferroviário (ganhar os três últimos jogos), começou minguado: apenas 1 a 0 no lanterna Limoeiro. Mas está na previsão do técnico Joel Cornelli e do presidente Luiz Neto. O dois próximos desafios exigirão muito: Guarani em Juazeiro e Horizonte no Domingão. Ferrão terá de jogar muito mais.

Empate no Junco

Semelhantes no nome, iguais no placar. Melhor para o Guarani de Juazeiro que se estabelece na vice-liderança do turno e deixa o time de Sobral fora do G-4. Netinho, com dois gols, destaca-se cada vez mais no Leão do Mercado. A derrota para o Tiradentes (0 x 5), na oitava rodada, parece ter sido mesmo acidente de trabalho.

Conclusões

O atacante Marcelo Nicácio vai consolidando sua condição de titular. Joga simples na área e faz conclusões inteligentes como a que aproveitou após cruzamento preciso de Boiadeiro. Durante algum tempo, Nicácio ficou na reserva porque alternava bons e maus momentos. Mas o aumento considerável do índice de aproveitamento dele tirou as dúvidas sobre quem é mesmo o titular.

Reação tardia

Muitos gols no Romeirão. O Icasa ganha do Crato (4 a 3). O Verdão só agora dá sinais de retomada. Mas o turno já está no fim. O Icasa não pode mais vacilar na preparação da equipe para o "estadual", como aconteceu este ano. Zacarias aprendeu que, para montar um time, demanda tempo; para desmontá-lo, minutos.

O time de Ferdinando

A distribuição que o Fortaleza teria em campo, segundo concepção de Ferdinando Teixeira, não chegou a ser executada na medida, mas pode evoluir. O Quixadá jogou bem. Lequinha, Paulinho e Mimi deram trabalho. Mas o Fortaleza fez valer a tradição das vitórias quase impossíveis. Quando Lito empatou no último minuto, (2 x 2), jamais se poderia imaginar que o Leão teria força interior para buscar a vitória. Não duvidem, porém, do que o Fortaleza é capaz de fazer. E fez. Não posso deixar de registrar o importante e belo gol de Vinícius. Ganha moral para os próximos desafios. O Crato está a caminho. Cabe uma advertência: a defesa tricolor ainda está muito vulnerável, máxime nas bolas altas lançadas na área.

Recordando

Time do Ginásio Christus, campeão intercolegial de 1960. Foto batida agora em abril na confraternização havida depois de 51 anos. A partir da esquerda ( em pé): Rômulo Júnior, Ednilton Maia, César Régis, Dona Lúcia, Roberto de Carvalho Rocha, um de seus filhos, e Raul Santos. Agachados (na mesma ordem): Francisco Colares, Cristiano Monteiro, Cristiano Santos, José Cláudio Fernandes e Diniz.

Salvador

Itacaré assinalou o gol (Fortaleza 3 x 2) quando a desolação já havia tomado conta o time e da torcida. O empate travaria a chance de o tricolor manter seu projeto de classificação. Até agora, Itacaré ainda não tinha dado em campo a resposta que dele a torcida esperava e espera. Esse gol salvador pode dar ao atleta a condição favorável para uma afirmação.

Exceção

Um jogo espetacular: Tiradentes 6 x 5 Horizonte. Onze gols. Terá sido o jogo com maior número de gols no futebol cearense? Houve uma partida no PV, na década de 60, na qual Haroldo Castelo Branco marcou oito ou nove gols. O adversário foi o Gentilândia. Alô, pesquisador Airton Fontenele?