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Naturais oscilações

É muito comum, em todos os campeonatos, o vencedor do primeiro turno não manter o mesmo padrão mostrado na vitoriosa campanha inicial. Essa verdade é constatada pelo fato de estar no rol das exceções o chamado título arrastão, ou seja, aquele em que o time conquista os dois turnos. É quase impossível, durante a temporada inteira, o time manter o mesmo ritmo. O Ceará padece agora o reflexo disso. Não obstante as advertências, as naturais oscilações alvinegras são notadas. Mas, por enquanto, sem maiores desgastes. Entretanto, o alerta existe. Não por outro motivo, muitas vezes o vencedor do segundo turno termina ficando com o título estadual porque vai no embalo. O projeto de Dimas Filgueiras, segundo sua recente entrevista, é o título arrastão. Dimas não quer assumir riscos de uma decisão isolada.

Observações

No Tiradentes, observem como Ribinha e Cacá estão produzindo cada vez mais e melhor. O Ribinha teve até direito de filosofar no programa do Belmino (TV Diário). ////// O Guarany de Sobral está pagando caro o preço de tantas mudanças de treinador. Cada um, com sua filosofia, termina embaralhando o projeto como um todo. São muitas teorias em curto espaço de tempo. ////// Revi em câmera lenta: o gol de Washington no Quixadá foi normal.

Ajustes necessários

De repente, nova frustração coral. Não raro, quando todas as condições são favoráveis a uma festa na Barra, o Ferrão decepciona. Na coluna de segunda-feira passada, alertei: o Ferroviário precisava de ajustes, apesar das três vitórias seguidas. Referi-me de forma especial à defesa que, em várias ocasiões, falhara no jogo com o Fortaleza.

O Tiradentes soube tirar proveito dos erros corais. O bom atacante Cleiton fez a sua parte. Cleiton está muito bem. Justa vitória do Tigre.

Recordando

Década de 1980. O lateral-esquerdo Ricardo Fogueira na época em que jogou no Ceará. Brilhou também no Ferroviário. Ricardo foi grande amigo do ótimo locutor-esportivo, Messias Alencar. Por pura coincidência, Ricardo morou na rua onde ainda hoje moro: a Rua Padre Francisco Pinto. Faz tempo não tenho notícias do Fogueira. (Colaboração de Elcias Ferreira).

O momento de cada um

Até agora não entendi a razão por que Boiadeiro perdeu a posição de titular no Ceará. Nada contra Murilo, que há apresentado progressos. Murilo jogou bem em Quixadá. Entretanto, ainda vejo Boiadeiro com padrão superior, até mesmo para os desafios mais qualificados que o Ceará terá pela frente: o Fortaleza no domingo e o Brasiliense na quarta.

Sem provocações

Espero que a divergência sobre a utilização de espaços pelas torcidas do Ceará e do Fortaleza no Castelão não venha a ser um item estimulador de atritos e de violência. Já basta tanta insegurança decorrente de certas incompreensões. Para este clássico, a Polícia Militar deve estar mais atenta. A divergência de opinião entre dirigentes não raro tem desdobramento entre torcedores, máxime quando existe exacerbação a respeito do assunto. Os agentes do mal adoram ter motivo para provocar confronto entre torcidas. A polêmica redistribuição de espaço no Castelão pode ser o mote que os infiltrados nas organizadas estavam esperando para colocar ainda mais lenha na fogueira. Cuidado!