É Carnaval: viva o gordo!
Pausa. Folia toma conta de tudo. Mas a moçada do futebol não pode entrar nessa. Quarta-Feira de Cinzas, já o retorno ao batente. Gordurinhas a mais, nem pensar. Isso é para Rei Momo. Esse, sim, pode e deve ter sobras de banhas por todos os lados. Faz parte. Ronaldo Nazário, o fenômeno, lutou, lutou, lutou contra a balança. Balançou as redes muitas vezes assim mesmo, além do peso. Mas era o Ronaldo. O peso, porém, o derrotou. Não sei o motivo. Ele falou em hipotireoidismo. Os médicos contestaram. Deixa para lá. Passou. Ronaldo tem seu nome na história do futebol brasileiro e do futebol mundial. É o maior artilheiro de todas as Copas. Quilos a mais, além de outros problemas e consequências, levaram-no a encerrar a carreira. Mas fica no coração da galera. Para sempre. Viva o gordo! Não apenas neste sábado.
Sem direito a tropeço
Enquanto a decisão do turno acontecia, o técnico do Ferroviário, Filinto Holanda, trabalhava na recomposição coral. Agora, enquanto a maioria cai na folia, Filinto segue adotando linha dura na Barra do Ceará. Luta contra o tempo. O Ferroviário precisa entrar firme no returno. Não pode vacilar sob pena de rebaixamento. E pegará de cara o Crato, quinta-feria, no Estádio Elzir Cabral. O segundo turno para o Ferroviário será decisão a cada jogo, sem espaço para tropeços.
Negócios no futebol
Dinheiro muito. Não sei até quando salários astronômicos ainda prevalecerão para alguns técnicos e alguns jogadores no futebol brasileiro. São fortunas. Mas apenas para um grupo privilegiado porque a maioria dos jogadores fica muito abaixo das celebridades que engolem a maior fatia dos valores. Assim também acontece com os clubes na disputa pelas verbas televisivas e a dos demais patrocinadores do futebol nacional. São Paulo e Rio de Janeiro conseguem sempre abocanhar a melhor parte. Depois vem a turma de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. No fim da linha, Bahia e Pernambuco. E o Ceará que lute muito para receber pelo menos quantia mais justa. O mundo é dos poderosos.
Pronto para a retomada
O técnico Júlio Araújo, do Guarani de Juazeiro, fez quase tudo certo. Montou qualificada equipe, reunindo bons valores no elenco (Marcinho, Jerson, Niel, Zé Augusto). E dotou o time de admirável padrão ofensivo. Mas, no jogo semifinal, mudou a vocação ofensiva do grupo e deu-se mal. Agora volta a apontar para frente. Aí, sim, o rumo certo.
Palavras ao vento
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi taxativo após a perda da Copa na África: "A partir de agora haverá completa renovação". Não é bem o que está acontecendo na Seleção Brasileira. /// Em outra declaração, após o Brasil ganhar o direito de sediar a Copa 2014: "A maioria das obras terá financiamento da iniciativa privada". Já agora o discurso mudou, ou seja, a maioria dos investimentos terá como suporte o dinheiro público. Pode?
Treinadores
Perdi a conta do números de treinadores que caiu ou mudou de time no primeiro turno cearense. Alguns foram embora de vez. Caso de Bira Lopes, ex-Guarany de Sobral. Mastrillo caiu do Limoeiro. Daniel Frasson caiu do Quixadá. Mirandinha caiu do Ferroviário. No Crato, Francisco Marçal caiu e em seu lugar assumiu Antonio Luiz que também caiu. Assumiu Neto Maradona, que caíra do Tiradentes. Cargo "seguro" é esse de treinador...
Recordando
Década de 1990. Ceará. A partir da esquerda (em pé): de camisa listrada o treinador de goleiros Giordano, o goleiro Jefferson, Januário, Ronaldo Angelim, Reginaldo e Waldson. Na mesma ordem (agachados): Jaime, Rogério, Ailton, Robertinho, Paulo Sales e Maradona. Confesso que não lembrava mais de Rogério e Ailton. O tempo passa rápido, amigos. (Acervo de Elcias Ferreira).