Efeitos iniciais da Copa
Adoro a Copa do Brasil pelas peculiaridades. É a única que permite numa competição juntar times grandes como o Flamengo e times modestos como o Murici. Permite ao torcedor de distantes rincões receber craques famosos. Momentos raros e de extrema felicidade para brasileiros que estão fora dos maiores centros. Os efeitos da rodada inicial estão aí. Alguns despachados na primeira partida, outros pendurados para o jogo de volta. O Fortaleza terá condições de tirar a diferença que o Fast Clube de Manais abriu? Tem, embora não seja fácil. E o Horizonte está seguro com os 3 a 1 que aplicou no Asa? Ainda não, apesar da vantagem significativa. A Copa do Brasil é cheia de armadilhas. Um gol sofrido em casa muitas vezes muda história do jogo de volta. É isso que faz da Copa do Brasil uma competição assaz agradável. E diferente.
Visibilidade
Mauro Carmélio, atual presidente da FCF, tem realizado trabalho sério à frente do futebol cearense. Cometeu equívocos, mas os contornou. Através da parceria com a televisão, deu maior visibilidade ao certame estadual. Sua trajetória no futebol é incrível: de gandula a presidente da Mentora. Ocupou cargos na área jurídica da FCF, da qual foi vice-presidente. Um aprendizado até chegar ao cargo maior. Mauro, porque aniversaria hoje, será alvo de homenagens.
Mesmos senões
O técnico Flávio Araújo viu em Manaus a repetição de dois sérios defeitos que terá de corrigir: excessivo erros de passe e a vulnerabilidade da defesa no jogo aéreo. E posso acrescentar outro problema, embora menos grave: os equívocos na conclusão. O Fortaleza vai para a semifinal do certame estadual. E levantou inquietações após o tropeço em Manaus. A questão dos erros de passe já fora notada na partida contra o Crato. Diante do Fast os mesmos senões repetidos. Agora, o Leão terá pela frente o Icasa. Hora, pois, de buscar os ajustes. E não custa nada uma chamada mais forte no elenco. Flávio Araújo terá de tomar decisões contundentes, se não quiser ser surpreendido na reta final.
Consciência profissional
A entrevista exclusiva que Geraldo deu à TV Diário revelou a consciência profissional desse atleta, símbolo de liderança e serenidade em Porangabuçu. Ele cuidou de mostrar a importância dos jogadores que entraram antes, colocando-os no mesmo patamar dos que entraram depois. Síntese: acima de tudo, vale o sentimento de grupo. Bela entrevista.
Avanço significativo
O Esporte, como instrumento de visibilidade e inclusão social, tem sido lema há muito adotado pelo vizinho município de Horizonte. A estreia na Copa do Brasil foi alvissareira: 3 a 1 no Asa de Alagoas. E tem tudo para avançar na competição. Basta evitar o “já ganhou” para o jogo de volta. Horizonte montou estrutura com o belo Estádio Domingão e um ginásio de alto nível. Daí o êxito nos gramados e nas quadras (futsal). Exemplo a ser seguido.
Coincidência
Em 1920, no dia 18 de setembro, a Seleção Brasileira principal foi goleada pelo Uruguai (6 a 0), em Vina Del Mar (Chile), pelo Sul-Americano (hoje Copa América). Nesse time havia uma atacante do Santos chamado Castelhano. Faz 91 anos. Agora, em 2011, no dia 13 de fevereiro, em Arequipa no Peru, o Brasil aplicou 6 a 0 no Uruguai pelo Sul-Americano sub-20. E no ataque brasileiro novamente um atacante santista, Neymar. (Dados de Airton Fontenele).
Recordando
Década de 1950. Calouros do Ar. A partir da esquerda (em pé): Beto, Marques, Edmilson, Gerardo Cassaco, Pedrinho e Walter. Na mesma ordem (agachados): Terson, Luciano, João Rufino, Everton e Lara, que era conhecido por Augustinho. Detalhes: Augustinho mora na Serrinha. Luciano mora no Conjunto Zé Walter. Faz anos não sei notícias de Pedrinho. (Acervo de Jurandy Neves).