Incisivas declarações
No alto comando do Fortaleza, os primeiros sinais de inquietação mais forte. A queda do time para a 4ª colocação fez disparar as sirenes de emergência no Pici. As declarações do presidente Paulo Arthur saíram do tom ameno, que até então usava, para uma escala mais elevada. Verberou contra as arbitragens e quer rigor no controle de dopagem quando enfrentar times do Interior. Faço desconto nas declarações do presidente porque ditas no calor do desabafo após o insucesso no clássico. Paulo Arthur há se mostrado sempre muito sereno, equilibrado e sensato em tudo o que faz. Mas nem sempre é possível segurar as emoções, máxime depois de algumas situações desfavoráveis. O Fortaleza precisa de reforços, máxime na defesa e na meia-cancha. Há motivos para preocupações, sim, mas nada que leve ao desespero.
Estratégia
Como tem boa margem de pontos na faixa classificatória, o técnico Dimas pode se dar o luxo de economizar talentos para explorá-los nas situações mais exigentes. Nesse aspecto, é compreensível a decisão do treinador.
Oscilação
O time do Horizonte já teve melhor domínio da situação. Agora alterna bons e maus momentos. Não lembra a equipe consistente que, em 2010, ganhou a vaga para a Copa do Brasil. Prova disso foi a derrota, de virada, para o Guarany/S, domingo passado, no Domingão. E já levara susto do Guarani/J. Se quer brigar pelo G-4, Filinto Holanda terá de fazer modificações na defesa que tomou sete gols nos três últimos jogos. Hoje enfrenta o Fortaleza. Jogo complicado.
Espécie de poupa ganha
Estará correto Dimas ao escalar o time B para enfrentar hoje o Icasa em Juazeiro? O time A, quando deixou a desejar nas primeiras partidas, alegou carência de ritmo justamente pela falta de jogos. Agora, três rodadas depois, está sendo poupado. Não parece uma incoerência? Mas respeito a decisão do técnico. Ele entende que, poupando agora, ganhará depois.
Recordando
1962. Rara foto dos jogadores do Gentilândia na antiga sede do clube na Rua Marechal Deodoro. A partir da esquerda (em pé): Edilson, Luciano Maciel, Luciano Neguin, Albano e Menezes. Na mesma ordem (agachados): Luciano, Luís Eduardo, Marcelo Rocha e Ratinho. Detalhe: Marcelo Rocha, anos depois, foi um dos baluartes do Tiradentes. (Colaboração de Jyrandy Neves).
Sem vitória
O fim da sequência de vitórias no Fortaleza começou no empate em Limoeiro (2 x 2). Pareceu acidente de percurso porque na chuva em situação atípica. Mas um novo empate (2 x 2), desta feita com o Guarani (J) em pleno Pici, revelou fragilidades antes encobertas pelas três vitórias iniciais. Pior é que tudo ficou mais visível quando da derrota para o Ceará (2 a 1). Time grande, quando passa três jogos em jejum, logo percebe o tormento da cobrança. Daí ser de fundamental importância uma vitória tricolor hoje. Primeiro para não perder o contato com os líderes; segundo porque devolverá ao grupo o moral de que necessita nesta fase em que busca definitiva afirmação. Ausência de Gilmak será sentida.