Matéria-918956

Deu Leão no primeiro clássico

Gostei dos tricolores. Seria despropósito querer perfeição. Deu na medida dos treinamentos. Leão melhor no conjunto e na formulação tática. Daí logo 1 a 0, gol de Léo Andrade. E o menino Vinícius teve tudo para marcar 2 a 0, mas a ansiedade o atrapalhou. Faltou aos corais melhor entrosamento de Rômulo e Juranilson. Meia-cancha do Ferroviário com padrão mediano. Na fase final, outra vez Léo (2 a 0): aproveitou bem o cruzamento de Cleiton. Neste lance o goleiro Célio saiu mal. O Leão parecia senhor imperturbável. Cresceu com Marcos Paulo. Poderia até ter feito o terceiro gol. Quando tudo parecia tranquilo, o Fortaleza passou sufoco nos minutos finais. Em dois lances seguidos, o Ferrão teve chance para empatar: Juranilson sozinho perdeu; Leandro reduziu para 2 a 1. Tarde demais. Numa avaliação geral, foi justa a vitória do Fortaleza.

Reflexo puro

O goleiro Fabiano voltou a brilhar. Ele protagonizou o lance mais bonito, reagindo por puro reflexo a uma inesperada cabeçada fulminante de seu companheiro, o zagueiro Menezes, que mais pareceu um atacante pela forma com que concluiu a jogada contra a sua própria meta. Fabiano espalmou para escanteio. Em momentos assim se pode observar a postura perfeita de um goleiro pronto para neutralizar deslizes que, por infelicidade, a zaga venha a cometer. Reflexo puro.

Virada alvinegra

Não é fácil ficar atento a dois jogos simultaneamente. Mas deu para tirar algumas conclusões da vitória, de virada (2 a 1), do Ceará em Horizonte. O alvinegro não se intimidou quando sofreu 1 a 0, gol de Lúcio Maranhão. A resposta foi tão patente e imediata que não permitiu sequer ao Horizonte o gozo da vantagem: Luisinho empatou. Apesar do equilíbrio, o gol de Clodoaldo colocou o Ceará em vantagem. Na fase final, uma constatação: Horizonte melhor. Apertou o cerco com Júnior Cearense, Júnior Mineiro, Isaac. O Ceará cedeu espaço e não acompanhou o ritmo. Nesta parte, porém, o destaque para o goleiro Dionathan, que substituiu Adilson. Dionathan garantiu a vitória alvinegra.

A diferença se chama talento

Clodoaldo iniciou a jogada e apresentou-se para receber o cruzamento: marcou o gol da vitória. Dele a percepção do lance desde a sua concepção à antevisão do que poderia ser o desfecho da iniciativa: bola na rede. Assim a diferença se estabelece pelo talento de quem conhece caminhos e abre caminhos rumo à meta adversária.

Notas & Notas

Dois jogos do Guarany sem vitória em Sobral: Pífio começo do Bugre. Icasa recuperou-se no Junco (1 a 0). /// Quixadá, dois jogos fora de casa, dois empates. E nos dois chegou a comandar o placar. Bom o empate (1 x 1) com o Ita no Perilão. /// Limoeiro, dois jogos, duas derrotas. Mas as duas fora de casa. Desta vez a recuperação foi do Guarani de Juazeiro (2 a 0). Mastrillo aposta no Limoeiro quando passar a jogar no Bandeirão. Pode ser.

Avaliação

Tiradentes, uma derrota e uma vitória. Equilibrou com o Fortaleza no Pici, mas perdeu (2 a 1). No segundo jogo, diante do Crato, rendeu melhor e ganhou (3 a 2). Neto Maradona monta boas equipes. /// O Crato, do Marçal, ainda não venceu. Empate no sufoco no Mirandão (1 x 1) com o Ferroviário, e derrota para o Tiradentes (3 x 2) no Pici. Verdade que Assis e Djalma apertaram no fim, mas tarde demais. Ausência de vitória já preocupa o Crato.

Recordando

2001. Uma das formações do Ceará. Confira somente os jogadores. A partir da esquerda (em pé): Eleomar, Roberto, Mazinho, Sousa e Kipper. Na mesma ordem (agachados): Jaime, Eron, Sérgio Alves, Jairo Lenzi e Tiaguinho. Faz dez anos que essa foto foi batida. Sérgio Alves, agora como técnico nas bases, permanece no Ceará. (Colaboração de Elcias Ferreira).