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Resistência quebrada

Gostaria de ter acompanhado a rodada como um todo, mas não deu. De sobral vi apenas parte da solenidade da entrega da taça ao Guarany campeão brasileiro da Série D. Concentrei atenção no Ceará x Limoeiro. Esperei mais de Rafael, Anderson e Eusébio. Pablo me pareceu confuso. Típico de começo de trabalho, onde tudo ainda parece por fazer. Limoeiro fechadinho como recomendou o técnico Mastrillo. Primeiro tempo com o Ceará um pouco melhor. Mas, a rigor, apenas um instante de definição que Clodoaldo perdeu. No resistente Limoeiro, a ligação de contra-ataque não funcionou, mas Carlinhos, Freitas, Júnior Mota e Paloma fizeram o que foi possível, dentro das visíveis limitações. No segundo tempo, o Ceará apertou, mas demorou a encontrar o caminho da vitória. E só conseguiu num desses lances em que Clodoaldo fez a diferença. O Baixinho driblou seus marcadores e serviu para Washington quebrar a resistência: Ceará, 1 a 0. Seria frustrante estrear sem vitória.

Alguns detalhes

O jovem atacante Vinícius, do Fortaleza, perdeu três gols incríveis diante do Tiradentes. Cuidado para não encabular. Um apoio psicológico seria interessante para evitar que aconteça com Vinícius o que houve com o atacante Cleiton, hoje no Tiradentes. /// E por falar em Tiradentes, bom o futebol do ala Neilton, no apoio pela esquerda. Dele saíram perigosos cruzamentos. O Tiradentes, logo na estreia, revelou bom sentido de grupo.

Apenas o começo

Juranilson fez o gol do Ferroviário sobre o Crato. Ele é bom atacante. E certamente será muito útil ao modelo adotado pelo técnico Mirandinha. Juranilson tem velocidade e sabe assinalar gols. Revelado pelo Quixadá, teve boa passagem pelo Ceará. Lá não ficou. Preferiram gente de fora, como de praxe. A propósito de Ferroviário, bronca coral contra o árbitro Carlos Custódio que marcou pênalti duvidoso, já nos acréscimos no empate com o Crato. É apenas o começo.

Recordando

Década de 1990. Dirigentes do Ceará Sporting. A partir da esquerda: Antonio Goes (hoje prefeito do município de Pedra Branca), Marcone Borges e Raimundo Chaves. Na década de 1990, o Ceará ganhou sete títulos estaduais: 1990, 1992 (com Fortaleza, Tiradentes e Icasa), 1993, 1996, 1997, 1998 e 1999. Faz tempo não vejo Raimundo Chaves e Marcone Borges. (Fotos do álbum de Luís Bastos).

Um começo brilhante

Não de hoje há referências elogiosas ao futebol de Bismarck, do Fortaleza. O momento é bom. Beijinhos para a torcida, que merece. Bismarck vem de eficiente trabalho no Guarany campeão brasileiro da Série D. E já voltou ao Pici, fazendo bonito na vitória de virada (2 a 1) sobre o Tiradentes. Será este o ano de Bismarck? Tem tudo para ser.

Concorrência

De certa época para cá, tornou-se evidente a importância das equipes do interior, na medida em que os municípios descobriram a mina de estar na mídia. Observem como a cidade de Sobral é mostrada ao Brasil pela televisão. Observem como Juazeiro do Norte ganhou espaços até nas redes fechadas de TV já pela presença do Icasa na Série B nacional. Há alguns anos, pouca gente sabia onde ficava a cidade de Ipatinga. Hoje, com a divulgação do time de mesmo nome, Ipatinga/MG, tornou-se presença corriqueira nos noticiosos esportivos. Salutar a concorrência entre municípios. Hoje Sobral e Juazeiro alcançaram maior projeção. E já notam o retorno dos investimentos feitos no futebol.