Matéria-881208

A razão do desmonte

Há jogos em que tudo dá certo para um lado só. Deu para o Grêmio. Mas o que levou o Ceará aos desmonte? O pânico, após sofrer dois gols (André Lima e Jonas) em cinco minutos. Pior ainda: desmoronou de vez quando teve Heleno injustamente expulso e, na sequência, tomou o terceiro gol (Rochemback). Com um jogador a menos, ruiu o fechado modelo alvinegro como ruiu também sua tentativa de contra-ataques, pois Magno ficou sozinho com a substituição de Washington. A partir daí, com mais espaços pela expulsão de Heleno, acentuou-se o desfile de Douglas, Jonas e Souza, que entrara no lugar de Adilson. Ao Ceará coube apenas marcar o gol de honra com Magno Alves (sempre ele) em passe de Reina, que quase diminuiu para 5 a 2, não fora precisa defesa de Victor no já no final. Dimas terá de rever conceitos para enfrentar o Botafogo.

Atitude

Heleno expulso injustamente. Pegou amarelo porque pediu cartão para André Lima que simulara um pênalti. O árbitro Célio Amorim, além de não dar justo cartão ao gremista, puniu Heleno com amarelo pela reclamação. Lance depois, nem houve falta de Heleno no gaúcho, mas o Célio, além de marcar a falta inexistente, aplicou outro amarelo em Heleno e o expulsou. Grave erro. Não quero justificar a derrota alvinegra, mas mostrar o prejuízo decorrente desse erro do árbitro.

Erros e acertos

Os Adversários do Ceará já descobriram que bolas altas na área alvinegra geram pânico pela notória indecisão entre o goleiro Michel Alves e defesa. /// No primeiro gol de André Lima, bola pelo alto na área do Vozão, apenas um jogador do Ceará contra Paulão e André, do Grêmio. Não pode. /// Se o árbitro Célio Amorim errou e foi injusto ao expulsar Heleno, fato que gerou o terceiro gol e impediu a reação alvinegra, o auxiliar prejudicou o Grêmio duas vezes seguidas, marcando impedimentos que não existiram em claras chances de gol. /// Michel Alves faz milagres em bolas difíceis, mas, de forma inexplicável, deixa passar algumas outras fáceis. Daí o questionamento sobre suas atuações.

Dor de cabeça para o treinador

Duas cabeças juntas (quase uma fusão de imagens) a pensar: o técnico Dimas e o atacante Washington. Qual a solução? Reserva ou titular? Mais problema para o treinador: Heleno e João Marcos fora. Em que tempo entrará Nicácio? Outro caso a decidir: Eusébio, que jogara bem diante do Flamengo, esteve numa noite infeliz contra o Grêmio. O Botafogo vem aí.

Complicou de vez

A situação do Icasa, após a derrota para o Náutico, tornou-se periclitante. Para não cair na zona de rebaixamento, terá de ganhar do Bragantino, se não quiser depender do resultado do Brasiliense diante da Portuguesa. A margem de um ponto (41 x 40) é insignificante. Além disso, o Ipatinga, último adversário do Verdão, já está com 36 pontos. A perda de pontos importantes no Romeirão foi que levou o Icasa a esta delicada posição.

Formalidade

Será hoje, às 19 horas, no Náutico Atlético Cearense, a posse do novo conselho deliberativo do Fortaleza. Cumpridas as formalidades, o eleito presidente do CD, Mozart Martins, promoverá a aclamação do novo presidente da diretoria executiva, Paulo Arthur, e de seu vice, Osmar Baquit. O ato servirá para acelerar a transição, ou seja, ações em conjunto com Renan Vieira. O time precisa definir já o nome do novo técnico e a formação de elenco para 2011.

Recordando

1960. Fortaleza bicampeão cearense. A partir da esquerda (em pé): Moésio Gomes, Pedrinho Simões, Mesquita, Célio, Toinho, Ninoso e Sanatiel. Na mesma ordem (agachados): Zé Raimundo, Benedito, Valter Vieira, Charuto e Bececê. Faz anos não sei notícias de Zé Raimundo, Benedito e Valter Vieira. Vez por outra encontro Célio na Gentilândia. (Colaboração de Jurandy Neves de Almeida).