Acima dos desmontes
O Ceará superou os momentos mais difíceis pelos quais os clubes de uma forma geram passaram na atual Série A. O primeiro questionamento surgiu após a paralisação da Copa do Mundo. Como viriam todos? Havia uma incógnita geral. Com a saída de PC Gusmão, o alvinegro sentiu o golpe. De participante do G-4, entrou em queda livre. Depois, com a passagem do furacão Mário Sérgio, um rastro de destruição e descrença restou em Porangabuçu. A autoestima do grupo sumiu. A autoconfiança, idem. Quando a queda parecia irreversível, veio a reação. O time reencontrou seu caminho nas mãos de Dimas Filgueiras. Recompôs-se. Voltou a vencer e retomou o respeito dos concorrentes. Hoje, o Ceará está acima dos desmontes. E, pelo visto, preparado para alcançar objetivos mais elevados. Basta manter o padrão. E tudo mais virá por acréscimo.
Pelas pontas
Vicente, lateral-esquerdo do Ceará, há se firmado pela forma incisiva com que se projeta ao ataque. Na vitória sobre o São Paulo (2 a 0), ele teve ótima atuação. Seu cruzamento na medida para Magno Alves marcar 1 a 0 foi apenas um de tantos que fez e apoiou. Wellington da Silva Vicente (nome completo) conseguiu o que a princípio parecia muito difícil: barrar o também muito bom companheiro Ernandes. Melhor para o Ceará que está duplamente bem servido na posição
Duas frentes
O Icasa tem duas pretensões: permanecer na Série B nacional e ganhar vaga na Copa do Brasil. Assim, encara hoje, no Romeirão, o Guarany de Sobral em jogo pela Copa Fares Lopes. O Bugre também tem duplo interesse: ser campeão da Série D nacional e ganhar vaga na Copa do Brasil. Daí a importância do jogo de hoje, apesar do desgaste para ambos. Se o Icasa já terá de enfrentar o Brasiliense sexta-feira próxima em Taguatinga, o Guarani decidirá diante do Araguaína, no Junco, sábado, vaga na final da Série D nacional. Estão, pois, em duas frentes e com dupla preocupação. Mas o jogo de hoje é especial porque o vencedor ficará a um passo da Copa do Brasil 2011. Oportunidade rara.
Por um Fortaleza melhor
Cláudio Pessoa, prefeito de Canindé e atuante conselheiro do Fortaleza, também está na luta pelo reerguimento do Leão. Desportista consciente, através do voto assinalou sua presença no processo eletivo que definiu novos rumos para o time do Pici. Cláudio quer colaborar mesmo com o projeto "Por um Fortaleza Melhor", lema da chapa vitoriosa.
Terceirização
No mundo globalizado a palavra terceirização continua em voga. Mas é preciso cuidado na hora de estabelecer os critérios para a terceirização. O novo presidente do Ferroviário, Luís Neto, deve cercar-se de especialistas na hora de avaliar o contrato que firmará com os interessados no gerenciamento do setor de futebol do clube. A ideia não é nova. Já funciona em vários times brasileiros. Mas há que se colocar limites para a segurança do Ferrão.
Patrimônio
O novo comando do Fortaleza tem tudo a ver com o pensamento do ex-presidente Ribamar Bezerra, mentor da chapa vitoriosa no recente pleito do Leão. O CT, que formará jovens valores, terá proteção especial contra empresários e olheiros que, não raro, "sequestram" talentos precoces. Contra ações assim, Ribamar adotará uma série de restrições. Ele está certo. Nada de produzir craques para espertalhões. O investimento é para proveito do Fortaleza.
Recordando
Década de 1990. Marcelo Vilar Na época em que exercia as funções de técnico do Fortaleza. Marcelo, como treinador, foi campeão cearense pelo Ceará. Teve trabalho importante no Itapipoca. Depois, apostou na carreira e foi trabalhar no SUL/Sudeste. Seu melhor momento foi quando assumiu o comando técnico do Palmeiras em São Paulo. (Colaboração de Ricardo Amorim).