Craques no Parlamento
É sabido que o esporte dá notoriedade aos seus ídolos. No Brasil, então, o ídolo no futebol recebe atenção muito maior. Alguns aproveitam a fama para, após encerrada a careira, buscar alternativa na política. No Rio, esse expediente tem dado mais certo que em outros estados. Roberto Dinamite exerceu vários mandatos parlamentares na função de deputado estadual. Agora mesmo, o tetracampeão mundial Bebeto também conquistou uma vaga na Assembleia carioca. Romário foi mais longe porque eleito para a Câmara Federal. Aqui no Ceará nenhum ídolo do futebol conseguiu eleição. Se bem que poucos se aventuraram. Coisa recente, ensaiaram a candidatura de Sérgio Alves, ídolo do Ceará, mas tudo permaneceu no campo das insinuações. Nada de concreto. Vale um lembrete: só deve ingressar na política quem tem vocação para engolir sapo.
Olhos nos olhos
O apresentador Sebastião Belmino, ao entrevistar na TV Diário o presidente do CD do Fortaleza, Jorge Mota, quis saber se ele gostaria de outra vez ser presidente do clube. Jorge jurou que não. Belmino, na brincadeira habitual, disse que só acreditava se Jorge confirmasse "Olhos nos Olhos". Houve então uma cenas hilariante: Jorge, com os olhos bem arregalados, como em filme de terror, disse: "Eu não quero ser novamente presidente do Fortaleza". E ainda há quem duvide.
Variedades
Não analisei Ceará x Internacional porque a coluna fechou antes do início da partida. /// Eis alguns técnicos de fora, muito bons e simples, que sempre me atenderam com distinção: Roberto Fernandes, PC Gusmão, Zé Teodoro, Heriberto da Cunha, Zetti, Paulo Bonamigo, Márcio Araújo, Celso Teixeira, Luís Müller, Estevam Soares, Luís Carlos Cruz, Ferdinando Teixeira, Zanata, Zé Mário. Não guardei boas lembranças de Mário Juliato, Mário Sérgio, Urubatão Nunes e Valdir Espinosa. Não há necessidade de tanta pose de uns, arrogância de outros e, às vezes, as duas coisas juntas. Prefiro os técnicos simples, comunicativos, simpáticos e, muitas vezes, mais vitoriosos e competentes que os bobinhos.
Entre troféus
As palavras incisivas de Jorge Mota na TV Diário, dando conta de que não quer mais ser presidente do Fortaleza, convenceram-me. Mas, no futebol como na política, a palavra "não" nem sempre pode ser tomada ao pé da letra. Muitas vezes as circunstâncias obrigam o dirigente a repensar, máxime quando foi vitorioso, vivendo entre troféus, glória e títulos.
Dois toques
Vi uma foto aérea do Estádio Luthero Lopes em Rondonópolis, onde no próximo domingo o Guarany enfrentará o Vila Aurora. O estádio é bom, com formato semelhante ao do Romeirão em juazeiro, mas superior em capacidade porque comporta 18 mil torcedores. Não é alçapão. Ótimo para o Guarany. /// Finalmente a Copa Fares Lopes parte para a fase mais interessante. Agora, sim, terá apelo forte com sua vaga para Copa do Brasil.
Notas & notas
Que proveito trará para o futebol brasileiro um amistoso como o de hoje Brasil x Irã. É muita cara de pau. /// A CBF alterou o horário do jogo Vila Aurora x Guarany em Rondonópolis: de 16 horas, passou para 19 horas. Motivo: evitar o forte calor. Sim. /// Segundo Airton Fontenele, o Brasil é favorito hoje porque o Irã é o 65º do ranking, disputou apenas três Copas (1978, 1998 e 2006). Em 9 jogos, uma vitória, dois empates e seis derrotas.
Recordando
Década de 1960. A partir da esquerda: o goleiro George, o jornalista Colombo Sá e o ponta-direita Carlito. Detalhes: George brilhou no Calouros do Ar, Ceará e Seleção Cearense. Parece que hoje mora em Salvador. Colombo Sá continua firme e forte no batente. Carlito, após encerrar a careira, permaneceu trabalhando no Ceará. Morreu há alguns anos. (Acervo de Elcias Ferreira).