Pressão azul
Mais uma vez o Ceará jogou bem, mas perdeu. Velha cantilena. Primeiro tempo com Ceará atrás, mas organizado nos contra-ataques. Chegou com perigo, mas repetiu os erros de conclusão. Wellington (duas vezes), Kempes e Geraldo desperdiçaram. O Cruzeiro esbarrou no ferrolho, embora tenha obrigado Michel Alves a duas grandes defesas em conclusões de Henrique e Montillo. Na fase final, pressão total do Cruzeiro. Explorou os flancos e insistiu com Fabrício, Roger, Farias, Henrique e Montillo. O contra-ataque do Ceará quase sumiu. Nem a entrada de Nicácio melhorou. A pressão azul resultou num pênalti. Só um pênalti para furar a retranca do Vozão: Montillo, 1 a 0. Ceará ainda teve a chance do empate com Nicácio, mas errou. Tarde demais. Farias matou o jogo: 2 a 0. Ceará quedou no repetido equívoco: ataque inoperante. Até quando?
Repensar o Leão
A frustração tricolor é consequência da desunião há muito existente no Pici. Conselheiros, à distância, contemplaram inertes o time desabar em ruínas. O amor pelo clube não combina com omissão. Todos viam o Fortaleza pedindo socorro, mas optaram pela ausência e indiferença. Agora, no processo de recuperação, o que poderá fazer o empresário Raimundo Delfino Filho, que já foi sustentáculo tricolor?
Desgaste
O empate do Icasa com o Sport, no Romeirão, remete a uma reflexão mais séria sobre o futuro da equipe na Série B nacional. O time jogou bem, é verdade, mas chega à quarta partida sem vitória, ficando a três pontos da zona maldita. Margem mais reduzida. Na conversa que no Debate Bola (TV Diário) tive com o técnico do Verdão, Flávio Araújo, ele já se mostrara preocupado com a situação. Ali Flávia previra a necessidade de reforços, visando a equilibrar a disputa e encará-la em melhores condições. O Icasa teve maior reserva de energia, mas agora está no limite. Ainda há tempo para investimentos, desde que com grau de risco menor. A corrida contra o tempo também pesa.
O destino tricolor
Ribamar Bezerra, um dos mais importantes conselheiros do Fortaleza, não pode ficar restrito à montagem do CT do clube. Participação direta, nas horas difíceis, é obrigação de todos os que pregam amor pelo Leão. Mas neste ano não foi assim. Outros nomes fortes, como o de Geraldo Luciano, devem ser chamados. Hora de atitude, não de pusilanimidade.
Protesto
O torcedor tem todo o direito de protestar quando seu time vai mal. Mas nunca intimidar ou gerar medo na hora das manifestações. O protesto tem de ser respeitoso e nas arquibancadas. Protestos criativos, inteligentes, surtem mais efeito que atos grosseiros, cheios de cólera e irritação. Mãos que afagam são as mesmas que apedrejam. No tetra tricolor, torcedores que agora insultaram todo o grupo, estavam no Pici aplaudindo Renan e Zé Teodoro.
Notas & notas
Hoje, às 19h30, na Igreja dos Remédios, Av. da Universidade, 2974, a missa (Celebração da Esperança) pela alma do saudoso e querido desportista Beto Brasil (Gilberto Arruda Brasil). Nas décadas 50/60/70, o Bar do Beto foi referência no futebol cearense. /// No dia 7 de outubro, às 19 hs, no Sirigado Country, a segunda reunião da comissão que prepara a grande festa relativa aos 50 anos do Lorda, famoso time que marcou época no futsal cearense. ///
Recordando
Década de 1970. Ferroviário A. Clube. A partir da esquerda (em pé): Perivaldo, Joel Copacabana, Cândido, Marcelino, Luciano Oliveira e Grilo. Na mesma ordem (agachados): Joel, Jorge Costa, Jeová, Oliveira Ceará e Gaspar. Faz tempo não vejo o goleiro Marcelino, que teve momentos brilhantes. Outro que nunca mais vi foi o atacante Jorge Costa, que foi campeão pelo Ceará. (Acervo de Elcias Ferreira).