Tempo de superação
Jogo para três pontos. Heleno e Kempes no ponto. Algumas dúvidas para o técnico Dimas Filgueiras ainda existem. Nada além do que comumente acontece. Campeonato tiro longo requer elenco qualificado para os casos de contusões e de outros impedimentos. Marcelo Nicácio é nova opção. Diego fora por algum tempo em razão de cirurgia, mas o paredão Adilson já está de volta aos treinos específicos. É assim o Ceará de hoje. Tem de garantir o ritmo até o dia 5 de dezembro, data de encerramento da Série A. E quer chegar lá garantido para 2011. Para alcançar esse objetivo, a meta é faturar os jogos em casa e somar alguns triunfos fora. O time passou dos desarranjos de Mério Sérgio aos acertos de Dimas. Muitas ainda serão as dificuldades, mas vejo o Ceará em condições de superar com razoável segurança todos os embaraços.
Show da TV
O jogo Águia x Fortaleza terá transmissão exclusiva da TV Diário, Canal 22, amanhã, a partir de 15h45. Narração de Kaio Cézar, jovem que chegou e, por seu talento, logo se estabeleceu. Ganhou experiência internacional na Copa da África e, portanto, aprimorou mais ainda sua atividade profissional. A Televisão dos cearenses jamais poderia ficar à margem da Batalha de Marabá. Sua equipe técnica já está no Pará, o que dá a certeza de excelente qualidade de imagem e som.
Orientação técnica
Gostei do Ceará porque confiante e ousado contra o Santos. Mas em Salvador contra o Vitória não foi assim porque tímido em relação ao que fizera no jogo anterior. Amanhã, se quiser três pontos, o Ceará terá de recompor a filosofia mostrada na estreia de Dimas Filgueiras. Os atletas precisam estar mais atentos. No Barradão, nos minutos finais do jogo, Dimas mandava segurar a bola para gastar o tempo. Aí seu jogador tornava agudo o lance, perdia a bola e proporcionava perigosos contra-ataques. "Matar" o jogo nos instantes derradeiros não se faz com busca desenfreada à meta adversária, mas tocando a bola, irritando o adversário até obter a falta que paralise o jogo e acabe o tempo. Todo cuidado, pois.
Os 18 do forte
André Turatto pode não ter o refinamento técnico ideal. Mas enquadra-se bem no perfil traçado pelo técnico Zé Teodoro que disse ter levado 18 guerreiros para a Batalha de Marabá. Zé já avisara que levaria jogadores com espírito guerreiro, os melhores preparados para esse tipo de ação e desafio. A garra de André Turatto combina com tudo o que disse o treinador.
Negócios à parte
Neste mundo do futebol a fantasia do amor à camisa cedeu lugar à realidade do mercado. Vale a melhor oferta, não o melhor sentimento. Questão ética, motivada por algum compromisso moral, logo se desfaz ante propostas mais avantajadas. E não se pode condenar de todo um jogador que, em determinadas situações, opte pelo contrato que lhe for mais seguro no plano profissional. A vida de atleta é efêmera. Isso tem de ser levado em conta.