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Efeitos da transição

Mudança de técnico gera inquietações. Não seria diferente com a chegada de Mário Sérgio ao Ceará. Novo pensamento, nova filosofia. Nesta parte, chances para alguns atletas; queimação para outros. O bom cabrito não berra. Espera. Os resultados é que definirão a posição de Mário. Se ganhar, tudo bem. Se der sequência à série de insucessos, pegará o mesmo trem no qual embarcaram Renê Simões e Estevam Soares. Cada treinador arca com a responsabilidade de seus atos. Se precipitado, logo vem a desgraça. Se moderado, mais chances de acertar. O tempo dirá se Mário foi precipitado ou não no afastamento de alguns atletas. Quando chegarem os novos jogadores indicados por ele, não haverá como evitar a análise comparativa. Mas o problema aí será do treinador. Certamente ele terá respostas, independente dos resultados.

Destino

Sérgio Alves, o maior ídolo alvinegro da nova geração, tem de pensar no voo solo, ou seja, buscar novas alternativas dentro de Porangabuçu. A nova realidade o remete a uma reflexão. Sérgio não poderia ficar eternamente à sombra do técnico principal. Mais cedo ou mais tarde a desvinculação teria de acontecer. Aconteceu. Se quer mesmo abraçar a carreira de treinador, terá de cumprir as etapas que todos os demais cumpriram. Ora engolindo sapo, ora cuspindo marimbondo.

Opinião

Discordei do afastamento de Adilson, Marcos Pimentel, Erivélton, Erick Flores e Clodoaldo. Mas é a apenas a minha opinião. Não sou eu quem vai comandar o Ceará. No caso de Erivélton, Mário afastou o homem que fez com Fabrício a melhor dupla de zagueiros nos últimos tempos no futebol cearense. No caso de contusão de Fabrício ou Anderson, Erivélton seria o nome ideal. Mas, volto a dizer: o problema é dele, Mário Sérgio, não meu. /// Claro que Mário fez uma diferença entre dispensa e afastamento. Portanto, os afastados poderão a qualquer momento ser chamados de volta. Tudo bem. Mas o afastamento desmotiva e não raro é encarado como humilhação. Só quem é afastado sabe como dói.

Sequência de jogos

O meia Júnior Cearense é um talento que ainda não foi devidamente aproveitado no Ceará. Dizem que ele não tem a velocidade adequada à saída rápida ao ataque. Pode ser. Mas o passe de precisão e de longa distância poucos sabem fazer. Júnior sabe. Segundo o técnico Filinto Holanda, que treinou Júnior no Horizonte, está faltando apenas uma sequência de jogos.

Reforços

O Icasa enfrenta o Náutico sábado em Juazeiro. O Náutico está bem, na quarta colocação com 27 pontos. A Série B tem tido reviravoltas incríveis. O Paraná, que já foi líder, caiu para o 10º lugar. E o Sport, agora sob o comando de Geninho, iniciou a reação. Promoveu a estreia de Marcelinho Paraíba e deu-se bem. Aplicou 4 a 1 no São Caetano. O Sport já é o 12º. Repito: a campanha do Icasa é boa, mas não pode vacilar como o fez em São Caetano.

Foco na C

O Fortaleza jogou com o Confiança, mas de olho no Paysandu. Ganhar domingo no Mangueirão é a meta, mas um empate até será admissível, pois depois o Leão terá a chance de faturar seis pontos em casa, no Castelão, diante do São Raimundo (29/08) e do Rio Branco (11/08). Ficaria então com 13 pontos e com boa margem seguiria para o jogo final com o Águia em Marabá. Para manter a situação confortável, o Leão não pode perder em Belém.

Recordando

O Racha da Amizade completou 24 anos. Amigos de vários bairros de Fortaleza reúnem-se todos os sábados no 10º GAC para futebol e outras diversões. Em pé são vistos Ribamar, Pascoal, Babá, André, Dorgival, Vinícius, Pereira, Dias, Daniel e Leoz. Agachados: Casagrande, Marquinhos, Júnior, Márcio, Flavinho, Chicão, Marcelo, Fábio, Ricardo, Paulo, Stênio e Chiquinho.