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Falta de vitórias

Campeonato de longa duração, como a Série A nacional, comporta variações imprevisíveis, quer no G-4, quer na zona de rebaixamento. Quando uma equipe começa a perder terreno, não deve esperar muito tempo para mudar o rumo e a atitude. Isso poderá ser fatal. Manter-se o ano todo entre os quatro melhores é tarefa que exige padrão continuado. E somente é possível aos que têm elenco de qualidade para prover substituições sem perda de conteúdo. O Ceará começa a sentir agora, neste retorno após a Copa do Mundo, a ausência de vitórias. A série de quatro jogos sem triunfo põe em risco a autoconfiança do grupo. O sinal de alerta já está no ar. O jogo diante do São Paulo, sábado próximo, poderá ser um divisor de águas entre a confiança e o abatimento. Daí sua extrema importância.

Inquietação

A falta de vitórias também afeta o Fortaleza. É notória a dificuldade. No empate com o Águia/PA no Castelão, o ala Guto foi o bode expiatório e vaiado impiedosamente. Aliás, não foi a primeira vez que isso aconteceu. Não concordo com manifestações assim. O time todo não se encontrou. No Acre, mais uma vez Tatu e Leonel passaram batidos. O elevado índice de erros nos arremates finais traz inquietações. A contusão de Finazzi não poderia ter acontecido justo agora.

43º ungido

Mano Menezes é o 43º técnico da seleção brasileira em 96 anos de existência. O primeiro foi Ferreira Viana, em 1921. A pesquisa foi feita por Airton Fontenele. Ele considerou apenas os jogos entre seleções nacionais, desde 20.09.1914 (Brasil 0 x 3 Argentina) a 02.07.2010 (Brasil 1 x 2 Holanda). Foram 855 jogos. Treinadores com mais de 50 jogos: Zagallo (121 jogos), Parreira (112), Aimoré Moreira (61), Dunga (60), Flávio Costa (56), Vicente Feola (56) e Telê Santana (52). O Brasil teve apenas um técnico estrangeiro, o argentino Filpo Nunes, do Palmeiras. É que o Palmeiras representou o Brasil no amistoso Brasil 3 x 0 Uruguai, em 1965, nas comemorações de inauguração do Mineirão.

Um reserva competente

O goleiro Douglas, que substituiu Fabiano, realizou notável trabalho no empate com o Rio Branco no Acre. O técnico Mirandinha, que comentou o jogo, foi treinador de Douglas no tri do Leão. Miranda lembrou as grandes defesas que Douglas fez naquela decisão, inclusive a monumental, que entrou para a história, no último minuto (Chute fulminante de Boiadeiro).

Relacionamento

Está cada vez mais delicada a relação entre cronistas e alguns clubes que aqui chegam cheios de banca. Bobinhos. Estrelismo desnecessário de quem se imagina celebridade. Coitados. A fama é tão passageira. A glória no futebol é tão efêmera que em dez anos vira fumo. Vejam os ídolos de ontem. Hoje, já sem assédio, passam pelas ruas e nem são notados. E talvez loucos por uma entrevista com os cronistas que eles mesmos há alguns anos enxotaram.

Notas & notas

Do leitor Cristiano Santos, do Memofut: "Estou preocupado com o Ceará. O time precisa de outro matador. Não pode ficar somente nas jogadas do Misael e dos minguados gols do Washington. Primeira visão é jogo duro". /// Alô, Cristiano! Já está aí o atacante Magno Alves. /// Anotei ontem este pensamento de autor desconhecido: "Línguas malignas espalham seu veneno por todos os lados e nada conseguimos provar contra elas".

Recordando

1996. Encontro de desportistas. A partir da esquerda: o primeiro é o ex-técnico César Morais (Guri), o segundo é Renan Vieira (hoje presidente do Fortaleza), o quarto é o jornalista Paulo Karam e o sexto é Narcélio Karam, irmão do Paulo. O colaborador, Jurandy Neves, deixou de identificar dois desportistas que aí aparecem. Quem pode tirar as dúvidas?