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Ótimo proveito

Amanhã, o Ceará enfrentará o Palmeiras no Castelão. Volta para o aconchego do lar, após dois jogos fora de casa. Aqui o aproveitamento alvinegro tem sido muito bom: ganhou do Fluminense (1 a 0), do Vitória (1 a 0), do Cruzeiro (1 a 0) e do Avaí (2 a 0). E empatou com o Corinthians (0 a 0). Quero crer que mais uma vez saberá tirar proveito da situação de estar ao lado da torcida para fazer a diferença. A propósito, foi de fundamental importância a presença do torcedor alvinegro na partida diante do Corinthians: 44.500 pagantes, 5.156 não pagantes, num total de 49.656 pessoas. Está provado: é em casa que a maioria dos clubes brasileiros faz a base de maior pontuação. Soma depois, com empates e algumas vitórias fora, o que lhe é necessário. Com o Ceará não seria diferente. Todos ao Castelão, pois.

Competição ardilosa

A Série C tem característica própria. A mistura de pontos corridos com mata-mata exige estratégia adequada a cada jogo. A perspicácia do treinador pode definir situações desfavoráveis como, por exemplo, jogar no alçapão do adversário. O técnico Zé Teodoro tem larga experiência no futebol brasileiro. E certamente amanhã, no Acre, optará pelo modelo mais apropriado. Mas vale lembrar: a Série C exige ardil diferente em cada jogo e em casa praça. É armadilha demais, gente.

Números

O pesquisador Eugênio Fonseca mandou-se a estatística dos jogos entre Ceará e Palmeiras. Há ampla vantagem do visitante. O Palmeiras ganhou 11, empatou 5 e perdeu apenas uma. E essa derrota do Palmeiras aconteceu num amistoso no dia 8 de março de 1970, no PV, quando o Ceará aplicou 2 a 1. Em jogos de Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, jamais o Palmeiras perdeu para o Ceará. Na Copa do Brasil de 1994, o Ceará eliminou o Palmeiras no Parque Antártica porque o gol que marcou lá teve peso dois, conforme o critério de desempate no caso de igualdade no número de pontos. Houve empate aqui (0 a 0) e empate lá (1 a 1). Chegou a hora de o Ceará ganhar em competição oficial.

TV Diário ao vivo

As emoções do jogo Rio Branco x Fortaleza, direto do Acre, terão imagens exclusivas e ao vivo, amanhã, a partir de 19h15, pela sua TV Diário. Agora, com a experiência internacional de uma Copa do Mundo, Kaio Cézar estará no comando dos trabalhos, inspirado no seu ídolo, Galvão Bueno. A igualmente internacional Ana Cláudia Andrade fará as reportagens.

Postura

As lições do futebol nos ensinam que não se deve esnobar nenhum adversário. A seleção brasileira na Copa de 1982, sob o comando de Telê Santana, achou que era a dona da bola e da vaga diante da Itália que vinha de sofrível campanha. Resultado: retornou mais cedo ao Brasil. Registro isso em razão de ter lido ontem as frases que estão ao lado e que me foram enviadas por Marco Antonio de Oliveira. Um alerta para conter os apressados.

Frases que ficaram

"A Holanda é muito tico-tico-no-fubá, que nem o América dos anos 50". Zagallo, técnico da seleção brasileira, antes do jogo contra a Holanda nas semifinais do Mundial de 1974. /// "Perdemos para uma grande equipe". Reconheceu o técnico Zagallo depois da derrota para a Holanda, a mesma que ele esnobara um dia antes. /// "Vocês vão ter que me engolir. Ninguém nos tirará o penta". Zagalo antes de perder a final para a França na Copa 1998.

Recordando

20 de outubro de 1960. Time do América Futebol Clube. Foto batida antes do jogo América 1 x 0 Ceará pelo Campeonato Cearense. A partir da esquerda (em pé): Purunga (morreu recentemente), Carrinho, Caetano, Aloísio Linhares, Elisiário e Veto. Na mesma ordem (agachados): Edvar, Dedé, Fernandinho, Lucena e Baíbe. (Colaboração de Jurandy Neves de Almeida).