Hora de quebrar tabu
O Ceará fará hoje seu terceiro jogo após o recesso decorrente da Copa do Mundo. Nos dois primeiros jogos, um empate e uma derrota. Hora, pois, de pensar numa retomada com triunfo fora de casa, tal como fez diante do Atlético em Minas Gerais. O Guarani tem sido um tabu na vida alvinegra. Em jogos oficiais, nenhuma vitória do Vozão. Incrível. Mas, como tudo na vida tem a primeira vez... No Bugre estão jogadores bem conhecidos dos cearenses como o ótimo goleiro Douglas (ex-Icasa), Preto e Ricardo Xavier. O time fez bom jogo no empate como Botafogo no Engenhão, mas antes tropeçara em casa, goleado pelo Internacional (0 x 3). Quanto ao Ceará, a expectativa sobre como Estevam Soares vai resolver o problema da baixa produção da meia-cancha. O Ceará correrá sérios riscos se não equacionar essa questão.
Em alta
O ala Oziel, nos primeiros jogos, não foi bem. Depois, começou a mostrar progresso. Hoje, seu desempenho já lembra o Oziel dos tempos do Tigres. É visível a evolução dele no conjunto. Daí a esperança de melhores incursões ao ataque. Tiros de longa distância ele pode e deve arriscar um pouco mais. Nessa parte, ainda me parece meio tímido. Não custa nada usar de maior ousadia, uma vez que chuta forte e bem a parir da intermediária adversária. Em alta junto à torcida.
Evolução
O que está dificultando as ações ofensivas do Ceará é a falta de melhor ritmo na ligação defesa ataque. A queda de produção do meia Geraldo está refletindo. Se não houver velocidade nesse processo, o adversário se recompõe e neutraliza qualquer iniciativa alvinegra. A velocidade não pode se restringir aos avanços de Misael. A meia-cancha tem de igualmente ser rápida nas alternativas. Eric Flores entrou muito bem no jogo passado. O Tony, que também dá mais velocidade aos avanços alvinegros, precisa estar mais ligado, mais atento. A volta de Fabrício dará mais tranquilidade, já pelo entrosamento e liderança que exerce no setor defensivo. Há ambiente favorável a um resultado bom.
Ápice da carreira
Antecipada e singela homenagem, mas de profunda significação, foi feita ontem pelo Departamento de Pesquisa do Diário do Nordeste ao colunista Sílvio Carlos pela passagem hoje de seu aniversário. Sílvio está no ápice de sua carreira profissional. E chega aos 69 anos com a dignidade de quem sabe fazer da vida um ato de servir e de amor ao próximo. Parabéns.
Simplificação
O Fortaleza deixou de ganhar do Águia/PA por um motivo claro: finalização ruim. Neste ponto Zé Teodoro terá de exigir aplicação de Tatu e Leonel. O Rio Branco tem limitações e deixou patente isso na goleada que sofreu no Pará. Mas o Águia também tinha limitações e acabou arrancando um empate aqui. Creio que com Finazzi será possível corrigir o problema. A TV Diário mostrará ao vivo, com exclusividade, direto do Acre, domingo, às 19h30.
Números
Ceará e Guarani/SP enfrentaram-se 12 vezes (8 vitórias do Guarani e 4 empates). No dia 7 de fevereiro de 1982, o Ceará sofreu derrota humilhante por 8 a 1 em jogo pela Taça de Ouro (Campeonato Brasileiro). O Ceará atuou com Lulinha, João Carlos, Pedro Basílio, Lula e Valdemir; Alves, Nicácio e Ramón; João Luís (Magno), Ademir Patrício e Tiquinho (Josué). Técnico: Caiçara. Já é hora de uma vitória do Ceará. (Pesquisa de Eugênio Fonseca).
Recordando
1990. Ao centro, o desportista Ivonildo Nunes, mais conhecido como Choró. Trabalhou muitos anos na Federação Cearense de Futebol, principalmente no período em que a FCF esteve sob o comando do querido e saudoso Fares Lopes. Choró aí aparece entre os representantes do Santos e do Terra e Mar. Hoje, Choró está aposentado. (Acervo de Jurandy Neves de Almeida - Montese).