Tropeço no freezer
Derrota normal, máxime em razão das circunstâncias. Pela primeira vez o Ceará chamado a dar resposta sem jogadores fundamentais como Heleno, Fabrício e Misael (segundo tempo). Sentiu, mas na fase final mostrou-se aceitável. No início o Inter foi melhor. Envolveu o alvinegro e criou chances com D´Alessandro e Sandro. Fez o gol de pênalti convertido por Alessandro (1 a 0). Não gostei do Ceará porque pouco chegou ao ataque. De Careca a única finalização. Foi pouco. Ruim a fase de Geraldo. No segundo tempo, apesar do gol de Kleber logo no primeiro minuto (2 a 0), o alvinegro reagiu. Melhorou com Eric Flores. Toni entrou, mas alternou bons e maus momentos. O Ceará diminuiu com Michel (2 a 1). E teve chances de empatar com Flores e Oziel. Pelos fatores desfavoráveis (chuva, temperatura), compreensível derrota no freezer.
Preocupação
Tatu perdeu duas oportunidades. André Leonel perdeu uma chance de ouro. E assim, com erros de finalização, o Fortaleza frustrou a torcida na sua estreia diante do Águia de Marabá pela Série C. Resultado ruim, considerando-se a missão tricolor lá fora, onde encontrará alçapões. O Leão abdicou do direito de jogar no Estádio Alcides Santos, entendendo que no Castelão teria mais espaço para romper retrancas. Foi a vontade dos jogadores. Nada feito. Não deu certo. E agora?
Observações
Fim da invencibilidade do Ceará. Um dia aconteceria. /// Esperei melhor futebol do Inter. Não correspondeu no segundo tempo. /// Estevam Soares demorou muito para fazer a substituição de Geraldo, que não entrou no jogo. /// Sentida a ausência de Fabrício. O gol de Kleber e o pênalti em Giuliano aconteceram no setor onde geralmente Fabrício neutraliza situações desvantajosas. /// Camilo entrou tarde demais. Avaliação fica para os próximos jogos. /// No inter os alas Nei e Kleber apoiam bem. Mas na fase final, subiram pouco. /// Esperei muito mais de Sandro, Giuliano e D´Alessandro. Estiveram num padrão comum. Nada de excepcional. /// Abbondanzieri engoliu um frango molhado.
Evolução na meia-cancha
Há jogador que se escala. Costumo dizer isso analisando os fatos concretos do futebol. Caso de Eric Flores. Quando ele substituiu Geraldo, o time do Ceará passou a desenvolver melhor controle na meia-cancha, onde a ligação antes não estava funcionando. Não tenho dúvida de que Estevam Soares vai analisar a situação para o jogo contra o Guarani em Campinas.
Resultados ruins
Os jogos de sábado e domingo foram ruins para o futebol cearense. No sábado, a Portuguesa ganhou do Icasa (3 a 1). Ontem, no Junco, o Guarany empatou com o Sampaio Corrêa (0 a 0). No Castelão, o Fortaleza tropeçou diante do Águia. Em Porto Alegre, o Ceará quedou diante do Inter (2 a 1). Nada deu certo. Agora vão jogar fora: Ceará em Campinas, Guarany em Teresina, Fortaleza no Acre e o Icasa em Minas Gerais. Tudo mais difícil.
Notas & notas
O leitor Bonifácio Paiva (bonipaiva@ig.com.br) indaga sobre a invencibilidade de Diego, do Ceará. Falou-se sobre os minutos jogados, mas não sobre o tempo corrido, ou seja, o número de dias. Alô Boni! É só contar. Antes dos gols de ontem, Diego havia sofrido um no dia 16 de maio deste ano. Foram 62 dias. /// Fábio Gomes, fisioterapeuta que prestou belo serviço ao Fortaleza Esporte Clube, muda de idade hoje. Alvo de justas homenagens. Parabéns.
Recordando
1975. Time do Cearazinho, campeão do Torneio Soçaite dos funcionários do BEC. A partir da esquerda (em pé): famoso árbitro Manoel Alves Araújo, Toinho Cavalcante (falecido) e Cícero Pinto. Na mesma ordem (agachados): Murilo Viana, o queridíssimo Castelinho Camurça (atual presidente do Conselho Deliberativo do Ceará), Chico César (ex-prefeito de Horizonte) e Bonfim.