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A Fúria, finalmente

O mundo festeja a sua nova campeã: a Espanha. Iniesta não foi tão brilhante na decisão, mas soube fazer o que o seu companheiro David Villa e o holandês Robben não souberam: o gol da Copa, o gol da definição de um destino, o gol do título. Duas oportunidades Villa e Robben tiveram, cada. Mas as desperdiçaram. Foi a diferença. Não gostei da partida, porque mais violenta que técnica. Não houve jogadas geniais. Destaque para os goleiros Casillas e Stekelenburg, que fizeram defesas notáveis em momentos críticos. A Espanha ganhou porque usou melhor o seu toque de bola, mormente na prorrogação. A expulsão de Heitinga impossibilitou a força de reação de que a Holanda precisava. Repito: o jogo não foi bom, mas a Espanha terminou por merecer o título. Não foi exuberante, mas, numa Copa de limitação técnica, acabou impondo o seu futebol.

De olho na Canarinho

O Corinthians no caminho do Ceará, quarta-feira. O técnico Mano Menezes virá cheio de moral. O homem ganhou mais prestígio ao ver seu nome cotado para dirigir a Seleção Brasileira, no lugar do ex-técnico Dunga. Mano tem feito irrepreensível trabalho no time paulista, desde o tempo em que esteve na Série B. Nos recentes amistosos do Timão, visando ao reinício na Série A, quem deu show de bola foi o cearense Iarley. Torcida do Ceará deve superlotar o Castelão.

Terminou

Imaginei um 11 de julho com o Brasil campeão: vi a Espanha; Kaká como astro maior: vi Iniesta. Imaginei a taça nas mãos do capitão Lúcio: eu a vi nas mãos do capitão Casillas. Meu sonho findou na derrota diante da Holanda. Mas sonhar é preciso. Já penso no Maracanã 2014. Sem "Maracanazo", sem a tragédia de 1950. O reencontro da Pátria do Futebol com o futebol que elevou a Pátria. O Brasil do talento de nomes que marcaram a história e o fizeram pentacampeão. Temos quatro anos para construir estádios e estruturas. Mas, muito mais que isso, temos quatro anos para montar um time que saiba honrar as tradições brasileiras, cheio de arte, beleza e eficiência. Um time novamente campeão.

Só a vitória dá moral

Tenho acompanhado com atenção as entrevistas de Zé Teodoro. Apesar das quatro derrotas consecutivas, ele mantém as esperanças de colocar o time no ponto para a estreia na Série C nacional. Mas, para o time ganhar confiança e moral, só mesmo a vitória interessa. Seria interessante e oportuno um resultado positivo, hoje, diante do CRB em Maceió.

Curiosidade

Se o Fortaleza passa por fase ruim, o seu adversário na estreia da Série C, o Águia de Marabá, também anda tropeçando. O Águia foi derrotado por 2 a 0, em casa, pelo Araguaina do Tocantins, time que disputará a Série D. O jogo foi em Marabá, no Estádio Zinho Oliveira. /// O Águia, vice-campeão paraense, perdeu sete jogadores. O técnico João Galvão, assim como Zé Teodoro, luta para ajustar a equipe até o dia 18, data da estreia.

Aconteceu

Neste período de Copa do Mundo, muita coisa aconteceu nos clubes brasileiros. O Guarani/SP perdeu o atacante Roger que foi para o Kashiwa Reysol, do Japão. /// O Flamengo perdeu o goleiro Bruno, que está preso, acusado de mandar matar sua ex-amante. /// O Ceará perdeu o técnico PC Gusmão e toda a sua comissão técnica. /// O Palmeiras contratou Luís Felipe Scolari. /// O Ceará trouxe o técnico Estevam Soares.

Recordando

Década de 1990. Bons tempos da filial do Santos/SP em Fortaleza. A partir da esquerda (em pé): Marcelo Rocha, Roberto Braga e o Cel. Figueiredo. Hoje, Marcelo Rocha está aposentado, após eficiente carreira como jogador de futebol em vários clubes da capital e supervisor do Tiradentes. Roberto Braga mora em São Paulo. O Cel. Figueiredo está firme, ligado ao atletismo (Colaboração de Ricardo Amorim).