Laranja Mecânica voltou
A Holanda se garantiu. Campanha irrepreensível com seis vitórias (2 a 0 na Dinamarca, 1 a 0 no Japão, 2 a 1 na seleção de Camarões, 2 a 1 na Eslováquia, 2 a 1 no Brasil, 3 a 2 no Uruguai). A "Laranja" chega com mérito à decisão da Copa do Mundo. Ontem, não jogou bem, mas o suficiente para tirar o valente Uruguai. Volto a dizer: o time holandês tem impressionante força física, muita velocidade e sistema tático bem definido. E vem resolvendo assim suas questões. O Uruguai foi brioso, mas limitado. E, sem Suárez, dependeu demais de Diego Forlán, que por sinal jogou muito. Nos acréscimos, a Celeste ainda assustou quando no desespero tentou o empate. Tarde demais. Mas valeu o esforço do Uruguai, melhor seleção sul-americana na Copa. A Holanda está pronta para a terceira final de sua história. Desta vez, sem favoritismo.
Dois na mira
Primeiro, hoje, o Santa Cruz. Depois, dia 14, quarta-feira, o Corinthians/SP. É a missão do Ceará. Enfrenta o Santa, mas de olho no time paulista. Michel como referência no trabalho de marcação. Sempre ele. Observo na proposta do técnico Estevam Soares a intenção de não alterar o que vinha dando certo. Hoje, a chance para ajustes finais antes do retorno à Série A. Mas sem perder o compromisso com a Copa do Nordeste, onde o time vem tendo boa recuperação.
Imaginário popular
Dizem que o jogo de hoje, Alemanha x Espanha, deveria ser a final da Copa. Diziam também que Alemanha x Argentina deveria ser a final da Copa. Ora, isso faz parte do imaginário popular que se encanta e projeta a seu gosto aquilo que representaria o mais apoteótico fim. Mas hoje é semifinal. A Alemanha, de Robben, Kuyt, e Sneijder, tem jogado bonito, aliando talento, velocidade e força física. A Espanha, de Iniesta, David Villa e Xavi, também plena de talentos, parece mais leve, mas nem por isso menos eficiente. Poderia ser o jogo da decisão? Poderia. Mas o modelo não permitiu que assim fosse. E aí está uma semifinal com cara e ingredientes de final. Qualquer das duas tem mérito para fazer a festa.
Objetivo do artilheiro
Finazzi de volta ao Pici. Viveu no clube os vitoriosos momentos do Leão na Série A. Agora vem participar da campanha pela retomada tricolor, que pretende subir para a Série B nacional. Pelas circunstâncias, é o homem certo para conduzir a artilharia tricolor à eficiência. E daí, como consequência, aos resultados positivos na Série C.
Notas & notas
O governador Cid Gomes, antes de viajar para a África do Sul, garantiu que o Fortaleza, embora na Série C, terá o mesmo apoio como se na elite estivesse. "Não haverá discriminação", afirmou. Isso deixou otimista o presidente tricolor, Renan Vieira, que agora aguarda apenas as providências de praxe. /// Lamentei muito a saída de Renato Rocha da vice-presidência do Ferroviário. O time coral perdeu um dedicado dirigente, mas não o torcedor.
Violência
Lamento que a violência esteja deixando marcas no futebol até na Alemanha, que conheci pacata e ordeira. Lá, dois italianos foram assassinados. Motivo: discussão boba pelos resultados de suas seleções na Copa do Mundo. Pode? /// Já na Cidade do Cabo, África do Sul, o turista argentino, Luis Arturo Forlenza, 57, levou um tiro no peito ao ser assaltado. Morreu no hospital. Inaceitável violência tomando conta do futebol em toda parte.
Recordando
1998. Time do Tiradentes. A partir da esquerda (em pé): Marcelo Rocha, Gilvaney, Wagner, Duda, Paulão, Tercinho, Zé Paulo e Furacão. Na mesma ordem (agachados): Lopes, Marcelo, Anderson, Miro, Alex e Perivaldo. Detalhe: Zé Paulo, que aí aparece como preparador físico, é o famoso zagueiro que tantos títulos ganhou pelo Fortaleza. (Colaboração de Jurandy Neves).