Matéria-800317

Todos juntos, vamos

Pra frente Brasil. Não somos mais os 90 milhões em ação: somos muito mais. Agora, porém, sem craques como os da seleção brasileira de 1970. Hoje o astro é Kaká. Dunga tem seus segredos. Mas, como diz o pesquisador Airton Fontenele, é previsível o time que começará contra a Coreia do Norte. Basicamente será o que qualquer torcedor já sabe de cor. Vitória Canarinho. Se outro resultado, zebra monumental. A Coreia do Norte é sinônimo de retranca. O técnico Kim Jong-Hun aplica um tal de 4-4-1-1. A correria é característica do futebol deles. Pela lógica, a vitória brasileira deve acontecer naturalmente como consequência da superioridade do futebol verde e amarelo. O Brasil pode não ter um time cheio de craques, mas certamente tem um time com muito compromisso. Justo o que faltou na Copa 2006.

Padrão

O técnico Estevam Soares tem delicada missão no Ceará: provar que será capaz de manter o alvinegro com o mesmo padrão deixado pelo seu antecessor, PC Gusmão. Tarefa espinhosa porque, quer queiram, quer não, as analises comparativas acontecerão. Estevam sabe que isso será natural e não há como evitar situação assim. Há que se levar em conta também os efeitos da paralisação da Série A agora na Copa do Mundo. Como cada time retornará? Eis a questão.

Carrossel

Acompanhei a estreia da Holanda. Vitória tranquila (2 a 0) sobre a Dinamarca. Nem de longe a Holanda dos bons tempos do Carrossel, mas ainda assim um time forte, competitivo, com destaque para o meio-campista Sneijder e para o atacante Dirk Kuyt. /// Japão e Camarões fizeram um jogo sem graça. Vitória chocha do Japão (1 a 0, gol de Honda). /// Até agora, dos países que vi em ação, a Alemanha impressionou mais, não apenas pela goleada sobre a Austrália (4 a 0), mas pelo padrão solto, ofensivo. /// Depois da Alemanha, continuo colocando a Argentina, a despeito do placar mínimo da vitória sobre Nigéria. Há muito talento no time de Maradona. /// Os demais, os demais, medianos.

Grupos preparam a festa do ídolo

Sérgio Alves ficou impressionado com a manifestação da torcida. Ele esteve no Debate Bola (TV Diário), chamando o público para a sua festa de despedida, sábado próximo, às 20h15, no Castelão, diante do ABC. Logo, as mensagens começaram a chegar. Grupos de torcedores organizam caravanas e vão preparar uma homenagem surpresa. Sérgio merece.

Subida gradual

A Copa do Nordeste caiu como uma luva no que diz respeito à preparação do Fortaleza para a Série C nacional. A evolução apresentada entre a primeira e a segunda apresentações, embora discreta, confirmou o acerto do técnico Zé Teodoro que gradualmente vai ajustando as linhas tricolores. Claro que o foco do momento é a Copa do Nordeste, mas o objetivo principal do Leão no segundo semestre será mesmo voltar para a Série B nacional.

Esperança

Com base nos resultados de Dunga como técnico da Canarinho, a esperança de conquista do hexa aumentou em razão dos títulos da Copa América e Copa das Confederações que ele ganhou. Alem disso, a classificação antecipada nas eliminatórias. Não esperem um futebol artístico senão em situações isoladas. Esperem, sim, um futebol aplicado, coletivo, à imagem e semelhança de seu treinador, embora em momentos possa aliar as duas coisas.

Recordando

Década de 1940. Ceará Sporting Clube. A partir da esquerda (em pé): Waldemar, Motor, Gutemberg, Torres, Zuza e Babá. Na mesma ordem (agachados): Jombrega, Idalino, França, Hermenegildo e Mitotônio. Detalhes: Jombrega também foi treinador. Mitotônio foi um dos maiores ídolos da história do Ceará. França também foi ídolo no Fortaleza. (Colaboração de Elcias Ferreira).