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A África da Copa

O golaço de Tshabalala abriu a emoção na África da Copa. Pegou na veia; foi no ângulo. África 1 a 0. Mas os anfitriões não souberam segurar o México. O experiente Rafa Márquez empatou, 1 a 1. No primeiro tempo o México teve mais chances. A fase final foi melhor e reservou emoções fortes. A África, com Modise e Mphela, teve a vitória na mão: Modise errou o alvo e Mphela mandou na trave. O México respondeu com Giovanni, que obrigou o goleiro Khune a fazer a mais bela defesa do jogo. Geralmente, partida de abertura de Copa do Mundo tem nível técnico razoável pela tensão das equipes em razão da estreia. Ontem não foi diferente. Entendo que a África do Sul, pelo segundo tempo, poderia ter sido contemplada com placar favorável, mas o empate não foi injusto. Começou. Prepare o coração para terça-feira.

Espaço ampliado

Conheci Acácio quando ele ainda era goleiro do Vasco da Gama/RJ. Por sinal, de participação brilhante no time cruzmaltino. Aqui, no Ceará, Acácio tem tido a oportunidade de ampliar seus horizontes. Agora mesmo, em Recife, embora interinamente, comandou o time de Porangabuçu. Substituiu PC Gusmão. Muitos treinadores começaram assim. Acácio me parece muito criterioso. Aliás, para compor na equipe de PC Gusmão, tem que ser criterioso mesmo. O PC exige.

Referência

O veterano Paulo Isidoro, do Fortaleza, continua sendo referência para muitos jogadores jovens que nele se espelham. Modelo para ser seguido mesmo, pois profissional exemplar, dedicado, com postura irrepreensível. /// A propósito, faz tempo não vejo outro profissional tricolor que deixou a marca de um atleta igualmente sério, vitorioso, de excelente formação moral e religiosa. Refiro-me a Cleisson, que encerrou a carreira no ano passado. Exemplo de homem digno e de cidadão. /// Eusébio, agora no Ceará, também está no rol desses atletas que podem servir de referência para muita gente. Apesar de bem jovem, Eusébio tem uma vida profissional exemplar, digna de ser imitada.

Longe das trampolinices

A resistência de parte da imprensa e do público com relação ao técnico Dunga ainda advém do que se convencionou chamar de "Era Dunga", colocação de sentido pejorativo criada pelos que não simpatizavam com o então volante pegador. Mas Dunga sempre foi um vencedor. Torço para que ele traga o caneco. É um técnico sério, discreto e longe das tramoias.

Importância

Somente após algumas rodadas será possível avaliar o nível da Copa do Nordeste. Exceto algumas exceções, as equipes estão usando os reservas, visando a modificações futuras. Assim, não como palco de experiências, mas como competição que pretende ser rentável tal qual foi o Nordestão de antigamente, talvez haja o entendimento de que a Copa do Nordeste não será mero apêndice senão importante por si, por sua proposta e consideração.

Público cearense

Está provado que os cearenses gostam mais de futebol que os irmãos de outros estados nordestinos. No jogo, Fortaleza 2 x 2 Santa Cruz, o público pagante foi 6.457 torcedores. Renda de R$ 69.810,00. Já em Recife, os pernambucanos não prestigiaram Náutico 2 x 1 Ceará. O público pagante nos "Aflitos" foi de apenas 1.126 pessoas. Renda de R$ 8.020,00. Pode ser que após a Copa do Mundo esse certame regional passe a ter público melhor.

Recordando

Edilson Ventinha está com 78 anos de idade, firme e forte. Ele foi campeão cearense profissional pelo Gentilândia em 1956. Tem sete filhos. É aposentado. Lamenta não ter guardado uma só recordação (medalha, faixa, diploma, foto) do feito histórico de 1956, ocorrido há 54 anos. Além do Gentilândia, jogou no Usina Ceará, Salgado da Gama e Moto Clube/MA. (Colaboração de Luiz Cláudio Siebra e Silva.