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Proteção aos grandes

É comum as equipes do Nordeste reclamarem contra os prejuízos que as arbitragens provocam porque procuram sempre beneficiar os chamados times grandes do Sul/Sudeste. De uma forma geral, isso acontece mesmo. Mas o presidente do Guarany de Sobral, Luís Torquato, fez observação interessante. Segundo ele, situação semelhante vivem os times do interior cearense quando se põem no caminho dos chamados grandes da capital. Diz Torquato que, no caso, as arbitragens sempre tendem a beneficiar os times grandes em detrimentos dos tidos e havidos como de menor expressão. E lembrou o prejuízo que teve o Guarany quando na semifinal perdeu meio time para a decisão do certame estadual, haja vista a tendenciosa arbitragem acontecida então, alvo de tantas críticas já pelos desarranjos que provocou. É verdade. O Luís tem suas razões.

A vez do Verdão

Amanhã, o Icasa enfrentará o América/RN. Após duas derrotas injustas (1 x 2 Santo André e Goiás 1 x 0), o Verdão finalmente estará em casa. O técnico Flávio Araújo tem razões para acreditar na primeira vitória. Por mais paradoxal que pareça, a despeito dos insucessos nos resultados, o time vem apresentando boa produção. E terá agora a presença maciça da torcida caririense. O América é 12º e ainda não ganhou: perdeu para o Bahia (1 x 0) e empatou com o São Caetano (3 x 3).

O "se" não vale

Ouvi de tudo após a bela vitória do Santos sobre o Grêmio, fato que levou o Peixe à decisão da Copa do Brasil. Alguns diziam que, se o Santos tivesse jogado assim contra o Ceará, o Vozão teria perdido feio. Improcedente tal afirmação. Cada jogo tem sua história. O "se" aqui não vale. É ou não é. Se Robinho não jogou contra o Ceará, Heleno e Geraldo também não jogaram contra o Santos. Portanto, tudo o que se falar a respeito de uma situação que não existiu não passará de conjectura. Futebol não comporta esse tipo de análise porque remeterá a suposições que não conduzem a qualquer conclusão lógica. O que resta de concreto é o seguinte: o Ceará só não ganhou em Santos porque foi garfado. Fim de papo.

A festa do tetra continua

O Fortaleza conserva acesa a chama do tetra para manter o torcedor engajado. A falta de jogos oficiais vinha criando um vazio, mas a ocupação de espaço tem sido feita de forma inteligente: a carreata, o jogo com o Boca Junior no dia 29 próximo e a permanente campanha sócio-torcedor. São enfim motivações que juntam a família tricolor em torno de um só ideal.

Recordando

1967. Ataque do SOMDA, time que fez sucesso na segunda-divisão cearense. A partir da esquerda: Paulo Borges, Pinga, Zé Milton, Zé Carlos (ex-Fortaleza) e Cabeleira. Não confundir o Zé Carlos, que aí aparece, com o que formou no quadrado de ouro do Fortaleza. Paulo Borges é hoje suboficial da reserva da Aeronáutica. Pinga é funcionário da Santana Textiles. (Colaboração de Jurandy Neves).