Bola rolando
O comentarista Sérgio Pinheiro costuma dizer que não existe gol de bola parada. Entendo a brincadeira do Serginho. "Bola parada não entra", diz ele. Ao pé da leta, é verdade. Mas, na linguagem do futebol, gol de bola parada significa o proveniente de cobrança de falta, pênalti ou direto de escanteio (olímpico). Sendo assim, o Ceará não sofreu gol de bola rolando no atual certame. E olhe que enfrentou times de expressão como Fluminense e Santos. Isso prova o quanto o modelo pegador do Ceará segura até mesmo malabaristas como Ganso, Neymar e companhia. Não de hoje o Ceará tem reconhecida a sua força de marcação com jogadores como Heleno, João Marcos e Michel. E mais: o Careca também sabe fazer bem a parte que lhe cabe. Foi assim que o Ceará subiu para a Série A. E assim também pretende manter-se na elite nacional.
Malabaristas
A propósito, o comentarista Sérgio Pinheiro concordou com a convocação feita pelo Dunga, que deixou fora da lista dos 23 jogadores chamados os malabaristas Ganso e Neymar. O argumento do Serginho é simples: "Como chamar em cima das buchas jogadores que não fizeram sequer um jogo pela seleção brasileira principal"? Esse assunto ainda vai dar muito o que falar. Se o Brasil ganhar a Copa, a polêmica morrerá aí mesmo; se o Brasil perder, coitado do Dunga...
Jogo de cintura
Uma coisa é, sem dinheiro, presidir time de futebol; outra, bem diferente, é tocar o barco na pindaíba. O presidente do Fortaleza, Renan Vieira, tem tido jogo de cintura ao conversar sobre renovação de contrato. Sabe lá o que é, sem grana, sentar na frente de jogadores que querem, de certa forma com razão, correção salarial. A favor do Renan, na análise dos atletas, a lealdade que marcou e marca a sua administração. Talvez até o sentimento de respeito e amizade pessoal ao presidente, já por sua autenticidade e lisura, pesem na hora do diálogo com os jogadores. O ser humano, graças a Deus, ainda não perdeu a reverência aos que sabem ser honestos, puros e verdadeiros. O Renan é tudo isso.
Com dinheiro
O ex-presidente do Fortaleza, Ribamar Bezerra, viveu situação diferente da ora vivida Por Renan. Ribamar presidiu o clube no tempo do dinheiro farto. Aí aconteceu situação peculiar: jogadores e técnicos, sabedores de que havia grana alta, faziam proposta como se para o futebol europeu. E tome exploração. Se o presidente vacilasse, levariam até as calças dele.
Notas & notas
É preciso sensibilidade na hora de presidir time de futebol. Nem paixão, que atrapalha; nem razão demais, que também complica. Vale mais ponderação consciente. Moderação. /// Graças a Deus a Fifa anuncia o fim da "paradinha" na cobrança de pênalti. Aliás, demorou demais a tomar essa decisão. Os goleiros agradecem. /// Ontem, vi na TV o jamaicano Usain Bolt, o homem-raio. Sem esforço, estabeleceu 9.86 nos 100 metros rasos. Brincou. Incrível.
Mensagem
Do leitor, Cel. Augusto César Arruda, recebi interessante e oportuno esclarecimento: "Quanto à foto "Recordando", de sua coluna de hoje (anteontem), o médico do Fortaleza é o Dr Grimário Nobre, na época capitão-médico do Hospital Militar, que chegou a general-de-brigada, tendo passado à reserva recentemente, no cargo de subdiretor do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro". Valeu. É que na foto eu identificara apenas Cícero e Moésio.
Recordando
Ex-meia do Ceará, Gilmário, ao lado familiares. Gimário começou nas bases do Ceará na época de Lula Pereira como técnico. Participou do time profissional bicampeão estadual (89/90). Jogou no futebol paraibano, pernambucano e paulista. Encerrou cedo a carreira devido a problemas de joelho. Recentemente, fez parte da comissão técnica do Maracanaú. (Colaboração de Adeilson Silva Silva).