Entusiasmo e tropeço
Duas situações no Ceará: entusiasmo pelo anúncio da volta de Geraldo e desapontamento pelo tropeço diante do Maranguape. A vinda de Geraldo é esperança; a ausência de um goleador, desesperança. No empate (0 x 0) com o Maranguape, controle e bombardeio alvinegro no primeiro tempo. Espantoso o número de chances perdidas. Pela ordem: Ernandes, Wellington Amorim, Wellington Amorim, Jorge Henrique, Bruno Santos. Na fase final, o técnico Maurílio resolveu aliviar a retranca e avançou um pouco o Maranguape. Nem assim o Ceará chegou ao gol, mesmo tendo PC colocado Reinaldo, Leozinho e Jean Coral. Visível a dificuldade alvinegra na finalização. Problema que chega a irritar. Não por outro motivo vaias mais uma vez escutadas em coro no Castelão. Resta a esperança de mudança com o ídolo Geraldo, que está de volta.
Tentação
O destino apronta situações incríveis. Há alguns dias, Jorge Mota quase retornou à presidência do Fortaleza em vista da ameaça de renúncia do presidente Renan Vieira. Este desistiu de renunciar, mas, afastado por punição da justiça desportiva, passou temporariamente o cargo a Jorge, presidente do CD tricolor. A cadeira presidencial tem seus encantos. Jorge saboreou esses encantos nos áureos tempos. Agora poderá ser tentado a voltar a ocupá-la num futuro próximo.
Outros jogos
A vitória do Fortaleza sobre o Quixadá, a segunda consecutiva no turno, dá ao Leão a chance de chegar ao G-4 já na próxima rodada. Sem dificuldades, o Leão soube se impor desde o primeiro tempo, apesar de ter sofrido um susto quando Juranilson acertou a trave tricolor. Sentida a ausência de Gaibu na meia-cancha. Isidoro, contundido, saiu, mas deixou sua marca: 1 a 0. Na fase final, Betinho foi o melhor. Dele a jogada e passe perfeitos para o gol de Eusébio (2 a 0). Tranquila e justa vitória tricolor. /// Fim da invencibilidade do Guarany de Sobral, goleado pelo Horizonte (4 a 1), leva a uma reflexão: além de sofrer quatro gols na decisão do turno, sofreu sete nos três últimos jogos. Defesa vulnerável.
Invicto agora só ele
O técnico Filinto Holanda feliz da vida: quebrou a invencibilidade do Guarany, de onde fora demitido, e garantiu a invencibilidade dele, Filinto, que tem no certame estadual nove jogos, três vitórias e seis empates. Agora no comando do Horizonte, Filinto é o único invicto. E a goleada aplicada no Bugre de Sobral o deixou de alma lavada. Com justificada razão.
Ao vivo
A TV Diário mostra hoje, ao vivo, a partir de 19h45, direto de Juazeiro do Norte, Guarani x Ferroviário. Acompanhei a produção do Guarani no empate, domingo passado, diante do Ceará. Gostei. É incisivo nas jogadas de ataque. Há bons jogadores como por exemplo Serginho, Rosivaldo, Roberto Jacaré, Thiago Santos e Juliano. Aliás, Thiago Santos me pareceu melhor nos jogos anteriores. Quando Santos está inspirado, o Guarani joga muito melhor.
Missão coral
O objetivo do Ferroviário hoje é a liderança. Se ganhar do Guarani, chegará aos 10 pontos e assumirá o primeiro posto. Na vitória de virada sobre o Boa Viagem, Fernando Genro e Alberto cuidaram de mostrar que o Ferrão tem também outras opções de finalização que não apenas Klein e Rafael. Aliás, guardadas as devidas proporções, o chute do gol de Alberto lembrou Simplício, famoso volante "Canhão da Barra" na década de 1960.
Recordando
1996. Guarany de Sobral. A partir da esquerda, apenas os jogadores (em pé): Cícero, João Coelho, Eraldo, Fernando, Erandir e Jorge Pinheiro. Na mesma ordem (agachados): Lalá, Rutênio, Mano, Marquinhos Capivara e Toninho Barrote. Anos depois, Barrote também teve destacada passagem no Ferroviário. A foto pertence ao ex-jogador Fernando, que aí aparece. (Colaboração de Maurílio Ximenes).