Foco especial
Passada a rodada pela Copa do Brasil, o Campeonato Cearense voltou ao centro das atenções. A decisão do turno recebe foco especial. O Guarany de Sobral, que tem elenco muito bom, gozou do privilégio de ver o Leão, seu adversário, queimando energias diante do Tigres. Neto Maradona certamente fez todas as anotações sobre o tricolor. Mas não pode esquecer que o Leão jogará sem o ótimo atacante Betinho. Quanto ao Fortaleza, alguns senões persistem. O problema da defesa ainda preocupa. Mais uma vez a cedência, após estar ganhando por 2 a 0, revelou a insegurança do sistema, tal como acontecera no primeiro jogo no Rio. Alerta geral: o ataque do Guarany tem poder de reação. Provou isso com Clodoaldo e Mazinho Lima diante do Horizonte. São pequenos detalhes que poderão mudar a história da decisão.
Importância
Conversei com Gilmak no Debate Bola. Desde o tempo em ele que atuava pelo Horizonte, teve comprovada a eficiência de seu futebol. Tenho visto Gilmak atuar na meia-cancha e na zaga. É versátil e, por isso mesmo, consegue sair-se bem nas duas funções. Entretanto, analisando suas atuações, entendo que ele parece mais à vontade quando escalado na zaga. Mas, claro, dependerá das necessidades e das circunstâncias, tudo de acordo com observações do técnico Luiz Müller.
Projeção
Observação que mais ouvi após a goleada que o Ceará aplicou no Picos (0 x 5): "É um erro pensar que o Ceará está bem, pois o adversário não passou de um time mambembe". De certa forma, procede a observação. O Picos foi mesmo um arremedo de time, inconsistente em todos os setores. Mas, mesmo assim, uma goleada em jogo de estreia na Copa do Brasil não pode passar como algo sem significação. Tem seu valor psicológico. Dá confiança. A rigor, avaliação melhor será feita amanhã às 19 horas, no Castelão, na partida contra o Itapipoca. No jogo do turno, o time do Eudi Assunção ganhou bonito por 2 a 1. Aconteceu logo na segunda rodada. Hoje as circunstâncias são diferentes.
Desportista nato
O vice-governador do estado, professor Francisco Pinheiro, não obstante todas as ocupações decorrentes do cargo, continua prestigiando os eventos esportivos. Não raro é visto nos estádios, junto aos torcedores, onde gosta de assistir aos jogos. Tem também apoiado o Sumov, patrimônio do salonismo cearense. Homem simples. E competente.
Superação
A perda de um turno repercute no ânimo dos atletas. No Ferroviário, importante saber até que ponto a eliminação na semifinal abalou. O time teve a melhor colocação da fase classificatória. Por defeito do regulamento, quase não tirou proveito disso. O mando de campo foi neutralizado porque daqui também o Fortaleza. Não deixar cair o astral será missão da comissão técnica. Mas apenas quando a bola rolar será possível avaliação concreta.
Notas & notas
Lembranças marcaram o papo entre Zé Leite Jucá e o jornalista Sílvio Carlos. Mote: bons tempos do Lorda e do Jacarecanga, dois timaços de futebol de salão nos anos 60. /// Encontro entre Gomes Farias e Evandro Leitão, com a presença de Dimas Filgueiras e Sérgio Pinheiro, quebrou arestas, esclareceu pontos divergentes e selou a paz. Ótimo. /// Fabiano, goleiro do Fortaleza, está muito bem. Chega numa grande fase à decisão do turno.
Recordando
1996. Três ex-presidentes do Ceará que ganharam títulos estaduais. A partir da esquerda: Zé Lino da Silveira Filho, Euler Pontes e Fernando Façanha. Detalhes: Zé Lino foi campeão pelo Ceará (1971) e América (1966). Morreu em junho de 2008. Euler Pontes foi bicampeão. Está firme, bem de vida. Fernando Façanha também ganhou títulos pelo Vozão. Morreu em 2007. (Acervo de Jurandy Neves).