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Blindagem era desserviço

Aquele abraço. É assim que o Fortaleza vai pavimentando a estrada que o levará à Série B: união de grupo, comunhão de ideal, sentimento coletivo de participação e comemoração. Waldison e Geraldo, símbolo do espírito de equipe que tem dado ótimos resultados. O time está com tudo para subir.

Nada de alisar. Fim das transigências. Linha dura. O Ceará somente voltou a vencer porque adotou medida de choque. O alvinegro vinha cometendo erros crassos. Vamos enumerar alguns. O primeiro: tentar esconder os podres. Problemas como os de Fernando Henrique e Rogerinho foram abafados. Vozão errou porque fez blindagem no lugar de abrir os fatos para evitar especulações. Segundo erro: Evandro Leitão não perceber que essa blindagem, no lugar de ajudar o clube, era um desserviço. Em razão disso, até se excedeu nas atitudes, vindo a pedir desculpas um dia depois. O jogo aberto, transparente, é melhor. Estão aí como prova os primeiros resultados.

Entendimento

Alô, Osmar Baquit, presidente do Fortaleza! A mídia aguarda a sua manifestação contra a boba proibição de os jogadores darem entrevista após os jogos, ainda à beira do gramado. A atitude é antipática, grosseira e dificulta a comunicação. A fase do Fortaleza é ótima e não faz sentido criar obstáculos desnecessários.

Pergunta

O que mais a torcida tricolor há me perguntado é: dá para o Leão subir? Resposta simples: dá. Só não pode se acomodar. Detalhe: para chegar à Série B, basta o time passar das quartas-de-final. Mas, nessa fase, é bom lembrar, o sistema será mata-mata, com jogos de ida e volta. O adversário virá do Grupo B. Aí qualquer vacilo será fatal.

Continuidade

Agora a nova política de transparência nas atitudes de seus atletas deverá ser mantida em Porangabuçu. A continuidade visa a dar apoio aos que têm compromisso com o clube, expondo os que não quiserem adotar uma linha de trabalho de acordo com a disciplina adequada à função de atleta profissional. Pelo que me foi passado, acabou aquela prática de mandar para coletiva somente jogadores não ligados aos fatos de interesse do público e da mídia. Isso mais parecia regime ditatorial. É bom falar em democracia, mas, muito melhor que isso, é praticá-la.

Nova fase

Paulo Sérgio andou jogando mal. Em momentos, até imaginei que ele seria a repetição do fracasso de Belletti, ex-lateral da Seleção Brasileira, pentacampeão do mundo. Fiasco tão grande que Belletti desistiu. Eis, porém, que Paulo Sérgio ressurgiu. Jogou muito bem contra o CRB. Retoma a confiança. Queira Deus segure esta nova fase.

Recordando

Em Estocolmo, quarta, na homenagem aos campeões do mundo de1958, lembranças de Vicente Feola (técnico), Paulo Amaral (preparador físico), Hilton Gosling (médico), Paulo Machado de Carvalho (chefe da delegação), Carlos Nascimento (supervisor), Mário Américo (massagista) e João Havelange (presidente). Dados de Airton Fontenele).

Fiquei feliz pela oportunidade de voltar aqui. O Brasil começou aqui. Até então ninguém conhecia o Brasil. Até a inscrição na bandeira estava errada".

Pelé
Na festa de despedia do Estádio Rasunda, palco da final da Copa de 1958, que será demolido