Preocupação ampliada
Razão tem a torcida do Fortaleza quando reage à queda de produção do time no atual Campeonato Cearense. Já são três jogos sem vitória. A distância de 11 pontos de diferença em relação ao segundo colocado evaporou-se. E parece que o impacto da derrota para o Ceará no Clássico-Rei do último domingo, somado ao impacto da derrota anterior para o Horizonte, abalou a confiança dos tricolores. Diante disso, o empate com o Guarany de Sobral na última quarta-feira no estádio do Junco, foi a natural consequência de uma autoestima estremecida. Cabe agora, na reta final desta fase classificatória, uma sacudida emergencial no Pici. O Leão tem três jogos para se recompor: Icasa e Ferroviário, ambos no Presidente Vargas, e Crateús na casa do adversário para fechar sua primeira fase. Preocupação ampliada. O carão terá de ser forte.
Fase
Quando afirmo que a preocupação tricolor aumentou, não me refiro à fase classificatória, pois o Leão já tem lugar garantido na semifinal. A preocupação diz respeito à produção da equipe que entrou numa perigosa descendente. Isso é ruim.
Pressões
Entendo que ainda há tempo para o Leão processar os devidos ajustes. Mas as pressões, se exacerbadas, poderão trazer graves prejuízos à serenidade necessária ao processo de retomada. O momento é muito delicado.
Cobrança
É um equívoco localizar cobrança neste ou naquele jogador do Fortaleza para justificar os tropeços. Nada de escolher Geraldo ou quem quer que seja como culpado isolado pela queda vertical. Quando um time desaba na produção, todo o conjunto é responsável.
Nomes
Como pode afundar um Ferrão que já teve na presidência nomes de expressão como Elzir Cabral, Frota Melo, José Rêgo Filho, Aquiles Peres Mota, Telmo Bessa, Chateaubriand Arrais, José Lima de Queiroz, Moacir Pereira Lima e Caetano Bayma?
Caiu mais um
O técnico Flávio Mendes foi demitido do Ferroviário. A não sustentação de vitórias praticamente certas acabou sendo o motivo da dispensa do treinador. Ele foi na verdade o bode expiatório dos contratempos havidos no alto comando coral.
Futuro
Temo pelo futuro coral. Nunca o céu da Barra esteve tão turvo. Aí lembro também da dedicação de ex-presidentes como Múcio Roberto, Edilson Sampaio, Domar Pessoa e Vicente Monteiro. É inaceitável ver o Ferroviário descer a ladeira das humilhações.
"Mais uma vez não soubemos segurar o resultado. O jeito é continuar lutando até o fim. Há dificuldades, mas nem tudo está perdido".
Márcio Tarrafas
Meia do Ferroviário
Recordando. Guarani de Juazeiro do Norte, time de 1973. Foi a última equipe em que atuou Zé Gerardo, notável meia tricampeão pelo Ceará (1961/62/63). A partir da esquerda (em pé): Edinho, Chagas, Baiano, Erasmo, Dida e Jurandir. Na mesma ordem (agachados): Zé Nilo, Wilson, Zé Negrinho, Zé Gerardo e Esquerdinha. (Colaboração de Tarcísio Facundo).