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Haja trabalho!

Lulão Pereira ainda terá muita dor de cabeça até chegar ao ponto ideal da produção alvinegra. Alguns pretextos foram apresentados, tentando justificar o não convencimento nos dois jogos passados. Em Crateús, a ausência de seis titulares; em Trairi, as condições do campo que dificultavam as jogadas mais trabalhadas. Domingo em Juazeiro não haverá desculpa. O campo do Romeirão tem condições semelhantes às do PV. E os titulares alvinegros estarão em ação. Certamente, lá será possível Lula alcançar significativos avanços no rendimento da equipe.

Dono. Rogerinho há provado em campo que por justiça merece ser titular na meia-cancha alvinegra. Foi o melhor em Crateús e no Trairi o time cresceu de produção quando ele entrou. Não sei a razão por que Lula inicialmente deixou Rogerinho no banco.

Marcação

O Fortaleza sentiu as dificuldades esperadas e impostas pelo Crato, time de melhor defesa do certame. Agora enfrenta o Trairiense, equipe que, por questões de minutos, não quebrou a invencibilidade do Leão. Houve empate (3 x 3). Agora uma espécie de tira-teima.

Em campo

A propósito de Trairiense, contra o Ceará o time não contou com Alex Paraíba, seu artilheiro maior. Mas contra o Fortaleza Alex estará de volta. Isso exigirá atenção redobrada da defesa tricolor, agora bem comanda da por Ciro Sena.

"Não me incomodo se fico ou não sem fazer gol. Importante é que o Ferroviário siga vencendo para sair da zona de rebaixamento".
Canga
Atacante do Ferroviário

Dificuldades

Todos os times do G-4 passaram aperto em jogos recentes. O Horizonte, em casa, perdeu para o Guarani/J. O Fortaleza empatou com o Trairiense e quase não ganha do Crato. Este perdeu para o Tiradentes. O Ceará empatou com Crateús e no sufoco ganhou do Trairiense.

Consequência

A tendência agora é o aumento das dificuldades, não importando a posição que o time ocupe no turno. Motivo simples: os do G-4 na luta para chegar à semifinal; os da zona maldita, tentando escapar da degola. Não se surpreendam se zebras acontecerem já na próxima rodada.

Desabafo

Fiquei impressionado com o que disse o ex-técnico coral, Flávio Mendes, quando emocionado entregou o cargo: "Ninguém sabe o que acontece dentro do Ferroviário. Esse grupo tem valor, mas vem passando por dificuldades incríveis. Há gente puxando o time para baixo". Só faltou dar nomes aos bois.

Convidados

No Debate Bola de domingo próximo, às 22h45, na TV Diário, estarão presentes Júlio Sales, notável narrador esportivo da Rádio Globo, e Marcelo Paz, comentarista da Rádio Verdes Mares. Júlio é profissional pelo qual tenho grande admiração e respeito. Ele foi meu professor quando iniciei no rádio em 1965.

Recordando. Escrevi há alguns dias sobre coordenadores de equipes esportivas de décadas passadas. Hoje escrevo sobre alguns repórteres e funcionários de apoio. Luiz Bravo, na Rádio Dragão do Mar, era motorista. Muito inteligente, cedo pegou macete dos repórteres da emissora. Na década de 1980, Luiz Bravo passou a trabalhar como repórter policial. E deu conta do recado. Faz muitos anos não vejo Zacarias Scott, que tinha trânsito livre nas emissoras de rádio. Lembrei também do Massaranduba - grandão, forte, como o próprio apelido sugere - que auxiliava os repórteres, puxando fios nos estádios (na época não havia microfone sem fio). Orlando Braga (carinhosamente chamado de Orlando Máscara de Ferro) vendia anúncios para a Rádio Dragão do Mar. Nunca mais o vi. Gente que deu boa contribuição ao rádio.