Quem dá bola é o Barça
Fantástico show dos espanhóis. Tenho a impressão de que Messi e companhia não são deste mundo. Aplicaram 4 a 0 e poderia ter sido mais. O Santos, de Neymar e Ganso, certamente ainda está tonto, à procura da bola que o Barça fez sumir dos olhos santistas desde o início do jogo. O toque do time de Guardiola é genial. A diversificação de jogadas e mudanças de posição deixam enlouquecidos os adversários. O Santos não conseguiu jogar. Alguns lances isolados e nada mais. O futebol brasileiro quedou humilhado. Agora quem dá bola é o Barça. Revolucionário modelo de jogar futebol. Resta-nos, de joelhos, com decência e humildade, aplaudi-lo.
Treinadores
Filinto Holanda está no Crato. Ex-jogador do América e do Ceará, abraçou a carreira de treinador após pendurar as chuteiras. Deu-se bem. Buscou experiência internacional na Áustria, através de intercâmbio que ainda mantém. E cuida de passar aos times aqui da terrinha a experiência lá adquirida. Seu melhor trabalho foi no Horizonte. Também teve boa passagem pelo Guarany de Sobral, de onde saiu invicto. Está no rol dos melhores da nova geração.
Intercâmbio
Ser técnico vitorioso depende da qualidade do elenco e da capacidade de adequar o modelo tático ao material humano disponível. Futebol não é algo tão difícil quanto pintam alguns. É salutar o intercâmbio que permite a vinda de treinadores de fora, mas lamento que os técnicos locais ainda sejam olhados com desdém pelos chamados grandes clubes.
Discreto
Júlio Araújo tem a missão de tirar do atoleiro o Ferroviário. Desafio. Mas, apesar das limitações corais, ele tem competência para montar uma boa equipe. Júlio foi a grande surpresa positiva deste ano que vai terminando. Não por acaso levou o Guarani de Juazeiro ao vice-campeonato. Mostrou um time eficiente e compacto. Dele o Ferrão muito espera.
RECORDANDO. Início da década de 1950. Era moda no futebol o uso de boinas. A partir da esquerda, os craques Antonio Padre e Beato, que na época atuavam pelo Treze de Juazeiro do Norte. Anos depois, Antonio Padre transferiu-se para o futebol pernambucano. Beato ficou em Juazeiro. O uso das boinas saiu de moda. Alguns goleiros usaram bonés até a década de 1960. (Colaboração de Tarcísio Facundo).
Repensar
O ano está terminando. A pergunta é: quantos jogadores bons foram revelados pelas categorias de base dos clubes cearenses? Que eu saiba, nenhum. O fracasso do Ceará no Brasileiro sub 20 deu pena.
Gerações
Dois técnicos entraram para a história como formadores de grupos que subiram das bases e brilharam nos times principais: Moésio Gomes e Lula Pereira. Depois deles, pouco se fez. Lamentável