O brasileiro futebol espanhol
Mais uma vez fiquei impressionado com o toque sutil e eficiente do Barcelona. Fantástica vitória sobre o Real (1 x 3) em plena Madrid. Voltei o tempo. Vi na exibição do Barça o futebol brasileiro plástico e vitorioso praticado aqui há algumas décadas. Ora, o Barcelona traduz hoje o legítimo futebol canarinho dos velhos tempos, que foi ressuscitado por Busquets, Xavi, Iniesta, Villa, Messi e companhia. Uma aula como as que o Botafogo de Garrincha, Didi e Nilton Santos costumava dar. Uma aula como as que o Santos de Doval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe dava pelo mundo. Aulas como as que o Flamengo de Zico, Júnior, Andrade e Adílio ministrou nos anos de 1980. O Barcelona fechou a boca dos defensores dos modelos rígidos que alguns técnicos brasileiros resolveram adotar. Pode ser que Brasil reconquiste um dia o que antes era só seu.
A taça é nossa
Acompanhei a final da Copa de 1966 na voz do saudoso narrador Fiori Gigliotti. Quando ele viu a Taça Jules Rimet nas mãos dos ingleses, que comemoravam o título em Wembley, Fiori disse que via uma comemoração fria, diferente da empolgante comemoração brasileira. Fiori não se conformou ao ver em outras mãos a taça que, segundo ele, era nossa. Vaticínio. Em 1970, com o tri no México, o Brasil passou a ser detentor definitivo do troféu. Hoje, relembro Fiori e digo: o futebol dos espanhóis é o nosso futebol que daqui alguém levou. E levou de forma sutil, na medida em que o Real e o Barça levaram nossos ídolos. Aprenderam e agora dão lição. Será que nós desaprendemos?
Remanescente
O zagueiro Erivelton foi durante muito tempo o melhor companheiro de Fabrício na zaga do Ceará. Eles formaram uma dupla eficiente. Agora, no atual processo de reformulação, Erivelton permanecerá em Porangabuçu, até porque tem contrato de mais um ano. Resta saber quem lhe fará companhia nesse importante setor. Por enquanto fica difícil antecipar como Dimas Filgueiras poderá compor a defesa alvinegra, haja vista a falta de definição de vários atletas.
Força de um campeão
Rogério é referência no Leão do Pici. Campeão baiano neste ano, ele foi, segundo o técnico Arnaldo Lira, um dos esteios da conquista do Bahia de Feira. Foi de Rogério o correto protesto na reta final da competição, quando o time cearense estava correndo risco de cair para a temida Série D: "Quando a coisa complica, apelam mesmo é pra gente, o grupo de casa". E o Leão foi salvo assim mesmo. Contar com Rogério é privilégio tricolor.
Recordando
O ano era 1985. Sérgio, que hoje trabalha como engenheiro civil, atuou como atleta profissional pelo time do Calouros do Ar, na época em que o time da Base Aérea de Fortaleza ainda pertencia à primeira divisão do Campeonato Cearense. Sérgio era meio-campista. Antes de atuar pelo Calouros, Sérgio foi campeão juvenil de 1983 pelo Fortaleza Esporte Clube, onde atuou por alguns anos. Sérgio foi cria das bases do Leão. Ele hoje ainda mora na Capital cearense.
Notas e Notas
Mazinho Lima está organizando um jogo beneficente em Morada Nova. Será no dia 17 próximo. Conta com o apoio de Adilson, goleiro do Ceará. Dude confirmou presença. Poderá contar com Ronaldo Angelim. Quando Mazinho tiver a lista completa, divulgarei. /// Bechara, em nova fase da vida, engaja-se numa parceria que visa a reerguer o Ferroviário. Ele conhece futebol. Tem tudo para evitar que o Ferrão repita os graves erros deste ano.
Trinta Anos
Hoje, dia 13 de dezembro, faz 30 anos da conquista do título Mundial de Clubes pelo Flamengo do Rio de janeiro. Aconteceu em 1981, em Tóquio, quando o Flamengo fez 3 a 0 no Liverpool da Inglaterra, gols de Nunes (2) e Adílio. O Flamengo jogou com Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio, Zico e Tita; Nunes e Lico. O técnico era Paulo César Carpegiani. Foi o mais expressivo momento do time rubro-negro. (Dados de Airton Fontenele).