A mesma pergunta
O ceará caiu ou não? Essa tem sido a pergunta que mais ouvi desde domingo passado até aqui. No local de trabalho, nas ruas, nos programa de rádio e televisão, não há outro assunto. As pilhérias, as brincadeiras, as gozações. Enfim, naturais ingredientes que envolvem tão dramático final de Campeonato Brasileiro. Sobre a resposta, que na verdade é o que todos querem saber, há apenas elucubrações. Impossível afirmar alguma coisa. Estará sendo leviano quem de forma peremptória responder "sim" ou "não". O que cabe ao cronista consciente, equilibrado, é examinar as circunstâncias que envolvem o jogo e, a partir daí, mostrar algumas indicações ou possibilidades. Não há, portanto, a mínima condição para uma análise conclusiva, máxime quando há interdependência de resultados. Até lá ainda vou ouvir muito a mesma indagação...
Facilitação
Tolice pura alguém imaginar facilitação por parte de quem quer que seja no mundo do futebol quando o suposto time facilitador, o Esporte Clube Bahia, teria, como tem, o objetivo importante de conseguir uma vaga na Sul-Americana. Tolice também é alguém pensar que o Atlético/MG facilitará a vida do Cruzeiro em nome do interesse maior do Estado de Minas Gerais, ou seja, o de manter dois times na Série A nacional.
Transparência
O diretor de futebol do Fortaleza, Jorge Mota, na medida em que confirmou o furo dado pelo companheiro Paulo César Norões sobre a contratação do técnico e Nedo Xavier, resolveu abandonar a posição hermética antes adotada e já admite avanços na divulgação de contratações e projetos tricolores, que ele preferia manter em segredo. Lutará pelo título estadual, mas a prioridade será subir para Série B, saindo desta incômoda Série C nacional, que não paga cota a ninguém.
Melhor situação
Num exame frio da matéria relativa às possibilidade de Cruzeiro, Ceará e Atlético do Paraná, o bom senso mostra que a vantagem do time mineiro está exatamente no fato de ter sob seu controle a situação, ou seja, se ganhar, pouco importa o que farão os concorrentes. De certo modo, não deixa de ser um dado favorável. Assim, está o Cruzeiro em melhor condição. Mas a rivalidade intestina que há com o Atlético/MG poderá trazer complicações. A situação do Ceará, que depende do resultado do Cruzeiro, tirou do alvinegro o controle da situação. Pior ainda o Atlético/PR que depende dos dois resultados. Mas nada disso autoriza antecipar qualquer definição. Incógnita completa, até domingo.
Recordando
Final da década de 1950. Time do Treze, de Juazeiro do Norte. A partir da esquerda (em pé): Valdemar, Ângelo, Doca, Quixaba, Antonio Magro, Dorim e Edmilson. Na mesma ordem (agachados): Pedro, ? , Rodrigues, João Carlos (contratado ao Centro Limoeirense de Pernambuco e que depois jogou no Fortaleza, Ceará e Ferroviário) e Luiz Bacana. (Colaboração de Tarcísio Facundo).
Colocar tudo nos trilhos
O novo presidente do Ferroviário, Vanderley Pedrosa, assumiu a responsabilidade de devolver aos corais a confiança perdida. Ele é meu convidados para participar do Debate Bola de domingo próximo, às 22 horas, na TV Diário. O torcedor quer ouvir do próprio presidente seu projeto para 2012. E mais: o compromisso de tirar o Ferrão da constante instabilidade.