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Os naturais mistérios

Jamais esperem de Dimas Filgueiras definição antecipada que permita ao técnico do Cruzeiro, Vagner Mancini, ter ideia precisa de como começará o Ceará. Dimas manterá uma carta na manga. E mais: se adiantar para a impressa a formação que mandará a campo, acautele-se. Não descarte a possibilidade de surpresas. Se Mancini tem a vantagem de conhecer as entranhas do Ceará, Dimas tem a vantagem de conhecer nos mínimos detalhes os pensamento e inclinações de Mancini. Assim, cada um vai produzindo mil mistérios como se não faltassem apenas duas rodadas do fim. Mas qualquer do povo sabe de uma coisa: como o empate não interessa aos dois times, ficar atrás não será proposta de nenhum deles, a não nos primeiros momentos de avaliação. Depois os riscos terão de ser assumidos. Aí, sem segredos, sem mistérios...

Saldo de gols


Os critérios de desempate para definir a classificação na Série A nacional na mira. Bahia, Cruzeiro e Ceará tem o mesmo número de vitórias (10). Já no saldo de gols há diferença. Todos estão com saldo negativo: Bahia (7 gols), Cruzeiro (8 gols); Ceará (16 gols). As variações apontam possibilidade de definição da última vaga tanto pelo número de vitórias quanto pelo saldo de gols. Como este é o terceiro critério, a maioria não está ligando para tal item. Em 2008 a última vaga da Série A foi definida pelo saldo de gols. Náutico e Figueirense terminaram com 44 pontos e 11 vitórias cada. O Náutico classificou-se porque tinha saldo negativo de 10 gols, e o Figueira saldo negativo de 23.

Firmeza tardia

Portuguesa, campeã com todos os méritos. Icasa, mergulhado em grave crise, tentando escapar do rebaixamento. Encontro dos dois amanhã no Romeirão. Diante da situação de hoje, vejo que Zacarias Silva vacilou quando, há algum tempo, nos primeiros sinais de desavenças internas, demorou a assumir atitude forte e imediata. Agora taí o Verdão a depender de terceiros, justo no ano em que consolidaria sua posição na Série B nacional. Milagres acontecem. Vamos esperar, pois.

Respeito ao Guerreiro

Michel sempre foi o símbolo da garra alvinegra. Marcador implacável. Passou por período ruim. Há algum tempo, fui ao treino do Ceará. Seu semblante perdera a alegria que expressava quando me via. Ainda bem a fase ruim esta passando. Michel voltou a jogar bem. Respeitem o guerreiro. Ele é bravo, é bom. Fase ruim todos nós tempos na vida. Pra frente, Michel!

Recordando

Janeiro de 1983. Ferroviário Atlético Clube. A partir da esquerda (em pé): Augusto, Laércio, Luizinho, Zé Carlos, Nilo, Hélio e Tati. Na mesma ordem (agachados): Paulo César, Betinho, Ednardo, Edson e Jorge Veras. Desse grupo, só mantenho contato com Jorge Veras, que hoje é técnico, tendo sido campeão cearense sub-20 pelo Fortaleza este ano. (Colaboração de Gabriel Lopes).

Opinião sobre Juca

Do técnico Salvador Barbosa: "Conheço o Juca desde menino. O Irmão dele, Felipe, atuou no meu Projeto em Viamão/RS. Roberto, pai dele, foi notável meia-esquerda do futebol gaúcho na década de 70. Jogamos juntos. Juca é sobrinho do Paulo Carpegiani. Tem qualidade de marcação, bom passe e chega fácil na frente. É tranquilo em campo. Está no sangue da família. Seu currículo mostra isto. Ele joga melhor um pouco mais à frente, junto aos atacantes".

Reforma do Estatuto

O ferroviário vive confusos momentos. Houve a eleição de Valmir Araújo, que renunciou no dia da posse. Então foi aclamado o deputado Vanderlei Pedrosa como novo presidente coral. Mas o que a Associação dos Amigos do Ferroviário Atlético Clube (AAFAC) quer é a reforma do estatuto, considerado caduco. Um esboço foi entregue ao conselho deliberativo do clube, mas até agora tudo está em banho-maria. Isso não é bom.