Sem vida fácil
Os concorrentes do Ceará na luta para escapar do rebaixamento terão certamente as mesmas angústias até a última rodada. A não ser que algum consiga encaixar duas ou três vitórias seguidas, o drama de todos perdurará até o fim do certame. O Atlético/MG, que respirou aliviado após suas duas últimas vitórias sobre Fluminense e Palmeiras, ainda terá jogos duríssimos, pois enfrentará Grêmio, Figueirense, Coritiba, Corinthians, Botafogo e Cruzeiro. O Bahia vai encarar São Paulo, Atlético/GO, Internacional/RS, Palmeiras, Santos e Ceará. O Cruzeiro pega Flamengo, Internacional, Avaí, Atlético/PR, Ceará e Atlético/MG. O Atlético/PR enfrenta o Atlético/GO, Corinthians, São Paulo, Cruzeiro, América/MG e Coritiba. Impossível, pois, prever que surpresas acontecerão neste emaranhado de confrontos e interesses.
Artilheiro
O atacante Canga (Adilson Ferreira Gomes é o seu nome verdadeiro) assinalou 11 gols pelo Fortaleza, sendo o artilheiro do Campeonato Cearense sub-20 deste ano. Importante salientar que ele também aperfeiçoa outra função na linha de frente tricolor: servir boas bolas aos companheiros. Na decisão diante do Ceará, foram de Canga os passes para o gol de Eládio, que abriu o placar, e para os dois gols de Vinícius, que completaram o placar. Talento que chega.
Caso específico
O Ceará tem histórico de insucessos diante do Avaí. Toma goleadas inaceitáveis como os 5 a 0 em 2010 e os 3 a 0 este ano em pleno PV. Espécie de complexo que encabula até os experimentados cobras. Se superar o trauma e vencer em Santa Catarina, também ganhará força interior para os compromissos mais delicados como os diante do Santos, Corinthians, Grêmio, Cruzeiro e Bahia. Detalhe: só nas duas últimas rodadas enfrentará os times que também poderão ou não estar com um pé no despenhadeiro: Cruzeiro e Bahia. Possivelmente aí já se saberá o destino de cada um. Respeito as previsões dos matemáticos, mas no mundo do futebol há outros ingredientes que não apenas a frieza dos números.
O time da esperança
Fortaleza sub-20, campeão cearense 2011. A vitória sobre o Ceará (3 x 1) consolidou a esperança nesta nova geração que terá a missão de reerguer num futuro bem próximo o time principal. Sob o comando de Jorge Veras, o talento de Erivelton, Eládio, Alemão, Renato, Paulo Júnior, Bruno, Caio, Bebeto, Matias, Jeferson, Samuel, Laerte, Edinho, Canga e Vinícius.
Tudo parelho
Há muitos anos eu não via situação tão indefinida quanto esta da Série A nacional. Corinthians, Vasco, Botafogo e Fluminense continuam colados, com diferença de apenas cinco pontos do primeiro para o quarto colocado. Síntese: em duas rodadas, o quarto colocado poderá chegar à liderança. Não vejo muita diferença de qualidade entre os que lutam na parte alta da classificação. Está tudo muito parelho. Ninguém consegue se desgarrar.
Na parte baixa
Algo semelhante acontece na parte baixa da classificação. Do 14º (Atlético/MG) ao primeiro da zona de rebaixamento (17º, Ceará), há apenas quatro pontos de diferença. Portanto, Atlético/MG, Bahia, Cruzeiro, Ceará e Atlético/PR estão muito próximos e com uma margem de erro bastante reduzida. Como lembrei em coluna anterior: trafegar perto da zona maldita ou nela própria é sofreguidão que jamais deixa tranquilos os corações.
Recordando
Ontem publiquei a foto do Votoran com a formação da época de sua fundação em 1961. O Votoran foi uma famosa equipe de futsal da época de ouro desse esporte no Cariri. Hoje, publico a última grande formação do Votoran já em 1964. A partir da esquerda: Bosco, Roberto, Zé Vicente, Gilton, Paulo César e Bayer. A Sociedade Esportiva Votoran completará 50 anos no próximo dia 13 de novembro.