Indesejável convivência
O Ceará entrou numa descendente e dela não mais conseguiu sair. O returno para o alvinegro está sendo perigosa viagem de volta. E até agora, por mais que tenha buscado solução, não a encontrou. Quando o time está em crise, o trivial no Brasil é mudar de treinador. O alvinegro já mudou duas vezes. De Vagner Mancini para Estevam Soares e de Estevam Soares para Dimas. Está no terceiro técnico. Mas a agonia continua. Dimas Filgueiras herdou o problema e ainda não teve tempo para equacioná-lo. Pelo contrário: na estreia, não contou com jogadores fundamentais ao esquema que ele adota muito bem: fechado, com saídas rápidas ao ataque. Até domingo, a torcida ficará à espera do milagre, ou seja, sair da indesejável convivência com o fracasso. Para isso terá de corrigir os graves erros de finalização. Perder gol é rebaixamento, amigo.
Mil pretextos
Ouvi mil explicações sobre o mergulho do Ceará na atual crise. Alguns argumentam que o erro começou quando mandaram time misto enfrentar o Vasco no PV. "Aqueles pontos fazem falta até hoje", dizem. Bobagem. O time completo enfrentou o Avaí no PV e tomou goleada (0 x 3). Outros dizem que o motivo da crise foi o afastamento de Geraldo, então líder do grupo. Esse me parece pretexto consistente. Com a saída de Geraldo, sumiu a união. Depois disso, jamais o Ceará apresentou aquele espírito guerreiro, coeso e fechado de antes. Outro pretexto: o eterno problema das finalizações. Na minha compreensão, há um somatório de erros. Cada um com forte significado no desmoronamento que aí está.
Opiniões variadas
Os cronistas opinam sobre a escalação do Ceará. Como Dimas Filgueiras analisa tudo isso? Há sugestões estapafúrdias e sugestões coerentes. Uma coisa é opinar à distância, via rádio, televisão e jornal; outra, bem diferente, é à beira do gramado.
Problemas internos nem sempre são detectados pela imprensa. E há os que, apesar de detectados, não são alcançados na sua verdadeira dimensão. Em Porangabuçu há algo estranho que ainda não consegui decifrar. Estou tentando...
Artilheiros alvinegros na Série A
Grave problema do Ceará é a dificuldade de transformar em gols as chances que cria. O artilheiro alvinegro é Washington (oito gols). Depois estão Felipe Azevedo e Marcelo Nicácio (cinco gols).
Com três gols estão Osvaldo e Thiago Humberto. Washington tem limitações, mas é o que mais demonstra dedicação, empenho, luta. Nesta parte, supera os concorrentes.
Recordando
13 de novembro de 1961. Sociedade Esportiva Votoran, do Crato/Ceará. Esse time completará 50 anos no dia 13 próximo. Aí está sua formação na era de ouro do futebol de salão do Crato. A partir da esquerda (em pé): Jurandy, Sílvio e Zé Vicente. Na mesma ordem (agachados): Vasco e Roberto. Depois vieram outros jogadores que brilharam intensamente como Gilton, Gledson e Paulo César, dentre outros.
Sair da zona
O Icasa depende apenas de si para sair da zona de rebaixamento. E já pode concretizar seu objetivo na próxima rodada. Basta uma simples vitória sobre o ABC no Romeirão. Aí o Verdão ficaria com o mesmo número de pontos do time potiguar (43), mesmo número de vitórias (10), mas no saldo de gols ultrapassaria o ABC. A permanência do Icasa na Série B nacional é fundamental para a região do Cariri em termos de projeção.
Centenário
Crateús vive clima de festa pela passagem dos seus 100 anos de fundação. Sexta-feira próxima lá estarei para acompanhar o show da Esquadrilha da Fumaça. Aproveitarei para ver as obras do estádio que será palco da primeira divisão cearense 2012. Fundamental será o setor de cabine para transmissões ao vivo pela TV. O presidente do Crateús, Franzé, e o técnico Maurílio, que participaram do Debate Bola, pretendem montar um time forte.