Segue a dolorosa agonia
O Fluminense foi melhor. Soube construir a vitória, levado pelo toque refinado, melhor condição física e superior qualidade técnica. O Ceará, no primeiro tempo, até deu a impressão de que surpreenderia. Fez 1 a 0 com Felipe Azevedo e perdeu duas grandes chances com Careca e Vicente. Mas gradualmente Marquinho, Deco, Fred e Sóbis tomaram conta do jogo. Fred, então, com passes sutis, deu mostra de sua competência. Fez a diferença. Sóbis empatou. Na fase final, acentuou-se a superioridade do Flu. Fred mandou bola na trave. Sóbis desempatou. O Ceará não encontrou forças para reagir. Foi envolvido mesmo. O Fluminense criou ainda outras situações. De nada adiantou a entrada de Washington, Nicácio e Rudnei. Os cariocas administraram a vantagem e confirmaram a justa vitória. Segue a dolorosa agonia alvinegra.
Apreensão
Um time com reduzida margem de erro como o Ceará sofre muito com a afobação. Esta se torna mais difícil que o próprio adversário. A equipe tensa complica lances que numa situação normal não complicaria. Caso de Rudnei. Ele tem qualidade e já provou isso. Mas no sábado entrou totalmente perdido. Nas suas primeiras intervenções, uma lamentável sequência de passes errados. Chegou a irritar. Em nenhum momento conseguiu se situar. Consequência da terrível apreensão.
Cinturão de ferro
O técnico Dimas Filgueiras levou azar ao não contar com Michel e João Marcos. Viu comprometido o cinturão de ferro que foi o seu forte em outros tempos. Com isso, o Fluminense muitas vezes desfilou livre da pegada forte. Outro problema enfrentado pelo treinador foi a contusão de Boiadeiro. Não obstante a intenção de aproveitar o potencial do jovem atleta Sinho, este sentiu a responsabilidade, máxime porque o Fluminense concentrou incursões pela ala esquerda. No mais, as dificuldades de finalização prosseguem. Nicácio, que substituiu Felipe, teve a bola do gol de empate aos 32 do segundo tempo. Perdeu. Quem está pendurado como o Ceará não pode desperdiçar oportunidade assim.
A volta de João Marcos
O jogo contra o Avaí será o divisor de águas. Se o Ceará perder, estará sepultando as já remotas esperanças de permanecer na elite. É confronto direto como direto será também o confronto com o Cruzeiro. Pela importância da partida, a volta de João Marcos acontecerá numa boa hora. Sem ele, restou provado, a marcação alvinegra fica fragilizada.
Verdão do Cariri
O Icasa teve tudo para ganhar do Bragantino, mas desperdiçou incríveis oportunidades. O empate (1 x 1) ainda deixou viva a esperança de o Verdão do Cariri sair da zona na próxima rodada na qual recebe o ABC no Romeirão. O gol de empate, de Diego Palhinha, fez vibrar o comentarista Wilton Bezerra. Mas o comentarista ficou bastante aborrecido com os gols desperdiçados por Júnior Xuxa e pelo próprio Diego Palhinha. Tinha dado para sair da zona.
De olho na Série A
Os paulistas estão tomando conta de quase todas as vagas para a Série A 2012. Portuguesa, Ponte Preta e Americana ocupam três das quatro vagas. E o Bragantino ainda tem chances. É incrível a força do futebol paulista que já tem na Série A Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras. Detalhe: do Nordeste, o Náutico praticamente garantiu a sua subida para a Série A. E as chances de o Vitória/BA também subir são muito boas.
Recordando
1978. O ex-atacante Mickey, quando jogou no Ceará. Seu nome verdadeiro: Adalberto Kretzer. Ele nasceu em Santa Catarina em 1948. Jogou no Caxias/RS, Fluminense (campeão da Taça Guanabara 1969/ 1971, campeão carioca/1971 e campeão da Taça de Prata/1970). Pelo Ceará, Mickey atuou em nove partidas e assinalou cinco gols. (Colaboração de Elcias Ferreira).