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As incertezas corais

O Ferroviário mais uma vez à espera de novo presidente. O último que por ali passou e deu títulos ao Tubarão foi o hoje empresário Clóvis Dias. Clóvis ganhou o bicampeonato em 1994/95 e quase o tri, pois disputou a final de 1996 com o Ceará, ficando com o vice. Depois disso, nunca mais o Ferrão soube o que é ganhar título estadual. Não conto o número de presidentes que já assumiram o comando do time da Barra. Todos de lá saíram sob o selo da frustração. Agora, para suceder Luiz Neto, vem a velha indagação: quem estará preparado para devolver aos corais os grandes momentos? O "Peixe" tem boa estrutura na Barra do Ceará e uma tradição na formação de jovens valores. Mas, de certa época para cá, até isso tem ficado comprometido. Noto uma incerteza ainda. Os corais me parecem atônitos sem saber que caminho seguir. Isso não é bom.

Revisão

O atleta tem direito de cometer equívocos, dentro e fora de campo. É natural. É um ser humano como outro qualquer. Caso de Rudney. Mas, no instante em que reconhece o erro e pede desculpa pelo acontecido, o atleta cresce na avaliação do grupo e merece ter o aprovo geral até mesmo dos que o criticaram. Situação que cabe também no caso de Marcelo Nicácio. O Ceará não pode prescindir desses dois atletas, máxime agora quando necessitará de muitas opções.

Propriedade

Quando fecha a janela de contratações, não há como se exigir de qualquer treinador mudanças radicais. É o caso de Estevam Soares no Ceará. À disposição dele, os de sempre. Não há como fugir. Mesmo com as restrições, terá de apelar para Felipe Azevedo, Thiago Humberto, Enrico... Apenas é possível pedir ao treinador para evitar as improvisações desnecessárias como vinha fazendo com João Marcos na lateral-direita. Simplificar me parece a melhor solução. Se, porém, no transcorrer do jogo houver situação que exija improvisação, aí sim, será concebível. Tudo a seu tempo. O Ceará reduziu demais a sua margem de erro que, de tão pequena, praticamente não mais existe.

A história do grande Mozart

Nas mãos do secretário da Cultura, Francisco Pinheiro, a biografia de Mozart Gomes, o melhor jogador cearense de todos os tempos. O livro foi escrito por Saraiva Júnior. Como o titular da Secult é também homem do esporte, certamente acelerará o processo para permitir que em breve o público tenha acesso à história do notável ídolo.

Passes

O problema dos elevados erros de passe no Ceará foi alvo de mensagem do leitor Wilson Maia (fwilmaia@gmail.com): "Você não acha que um dos problemas do Ceará é o time não saber tocar a bola? Até que a equipe desarma bem, mas em seguida não dá sequência à jogada. É preciso corrigir isso. Os próprios jogadores não aparecem como opção. Ou será má vontade dos atletas? Por favor, levante essa questão com o Wilton Bezerra".

Recado

Do leitor Sérgio Leitão (sergio-leitao@firjan.org.br): "Que emoção foi ver a foto do meu América, dos anos 50, no Recordando. Já tinha o Alencar como meia, após a venda do artilheiro Mourãozinho para o Fortaleza. Você poderia me ajudar, publicando meu e-mail e celular (021-9143-4856), pois preciso falar com familiares do Mourãozinho. Eles sempre leem sua coluna. É que eu me mudei e perdi o contato com eles". Recado dado.

Recordando

Repito a foto publicada há alguns dias, mas agora com os três jogadores identificados. O Flamengo do Rio fez aqui uma temporada de vários jogos na década de 1940. Aí o jogo Fortaleza x Flamengo no PV. No lance, o goleiro Juju, do Fortaleza, numa disputa de bola com Durval, do Flamengo, que é acompanhado pelo jogador Stênio, do Fortaleza. (Colaboração de Jurandy Neves e Airton Fontenele).