Retomada de ideais
O Ceará subiu para a Série A porque o grupo fechou compromisso com PC Gusmão. A união do grupo foi fundamental para o êxito daquela campanha. Geraldo respondia pela liderança em campo. Hoje, há discrepâncias. Divergências que, embora tênues, revelam sentimento diferente do predominante na época de PC e, posteriormente, já na Série A, na época em que Dimas Filgueiras assumiu após os tormentos provocados por Mário Sério. O técnico Estevam Soares tem a missão de recompor esse espírito de grupo. Se não houver a retomada da comunhão de objetivos e de ideais, a dispersão de sentimentos jamais tornará outra vez o Ceará forte. Quebrar arestas requer jogo de cintura. Quem não se enquadrar, estará fora do time. Só atuará quem estiver disposto a reencarnar o sentimento que levou o Ceará à elite e às grandes vitórias. Recado dado.
Otimismo
O vice-presidente e diretor de futebol do Ceará, Robinson de Castro, deixou uma mensagem de otimismo no Debate Bola (TV Diário). Muito transparente, ele falou sobre os problemas internos do clube, questão das gratificações e sobre as reações de Rudney e Marcelo Nicácio que geraram polêmica. Entende Robinson que não há nada perdido. Há desafios difíceis, mas superáveis. Ele mantém o otimismo e tem plena confiança de que o Ceará permanecerá na elite.
Os adversários
Não será apenas o Ceará que terá pedreiras pelo caminho. Ora, amigos, basta ver o que o Cruzeiro, principal concorrente alvinegro, pegará nas próximas jornadas. Em casa (Sete Lagoas), jogará com o Atlético/GO, Internacional, Atlético/PR e com seu maior rival, o Atlético/MG. Fora de casa enfrentará Botafogo e Flamengo no Engenhão, Avaí em Florianópolis e Ceará no PV. Portanto, nada fácil. O Atlético/MG, outro concorrente direto, terá em casa Palmeiras, Coritiba, Botafogo e Cruzeiro. Jogará fora com Fluminense, Grêmio, Figueirense e Corinthians. A atual Série A está muito indefinida na parte alta e na parte baixa da classificação. Cada equipe ainda lutará por 24 pontos.
Fortaleza, 93 anos
Cores fortes de um time de títulos e tradição. A mística daquelas camisas de tantas viradas históricas. Leão e torcida em variadas motivações. Hoje o Fortaleza chega aos 93 anos, superando desafios, não importando o tamanho do obstáculo. Compromisso maior: subir para a Série B nacional. Com união, conseguirá seu desiderato. Parabéns, tricolores!
Miscelânea tricolor
As primeiras imagens que guardo do Fortaleza são dos anos 50. No gol do Leão, que nem era ainda chamado de Leão, o bom goleiro Aloísio II, carinhosamente chamado de Verdureiro. Em 1959, o lateral-direito Zé Mário, meu vizinho, foi campeão cearense pelo Fortaleza. Ainda hoje a mãe dele, dona Alfa Machado (Mocinha), mora na mesma casa, colada à minha. Na comemoração, Zé Mario ganhou um bolo confeitado com a foto dele.
Continuação
Croinha atacante que marcou época no Fortaleza. O Leão foi duas vezes vice-campeão da Taça Brasil (1960 e 1968). O mais notável jogador do Fortaleza: Mozart Gomes. Seu irmão, Moésio também uma lenda tricolor. Mesquita, o canhão do Pici. Melhor time do Fortaleza foi aquele formado por Ney Rebouças no qual estavam Luizinho das Arábias e Júlio César (Uri Gueller). Se houvesse espaço, escreveria páginas e páginas. O Fortaleza merece.
Recordando
Década de 1970. Time da JOB (Juventude Otávio Bonfim). A partir da esquerda (em pé): Frei Lauro, Marcos, Valdo Pinheiro, Jeová, Pedro e o senhor Orlando. Na mesma ordem (agachados): Josimar, Edilberto e Chiquinho. Detalhes: Valdo jogou no Arsul, campeão cearense de futsal em 1974. Atuou também na seleção cearense de futsal e no Crepe. (Colaboração de Valdo Pinheiro).