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Vitória na hora certa

Alívio de tensões. O Ceará começou bem. O belíssimo gol de Roger, logo aos oito minutos, passou a impressão de que o alvinegro teria triunfo sem apertos. Mas não foi assim. O Coritiba colocou em prática seu toque envolvente com Tcheco, Léo Gago e Marco Aurélio. Empatou com Bill num lance em que a defesa alvinegra falhou total. O Coxa seguiu mandando no jogo e o Ceará sendo salvo pelos milagres de Fernando Henrique. Ainda bem, numa cobrança de falta, Edmilson marcou Ceará 2 a 1, justo quando o adversário estava muito melhor. Na fase final, o empate com Bill gerou pânico no Ceará. Minutos de aperto. E Fernando pegando todas. Foi então que providencial jogada de Osvaldo, ligou Vicente. Este cruzou para Roger assinalar 2 x 1. A partir daí, o Ceará controlou a situação. Uma vitória suada, dramática até, mas que veio na hora certa.

Providências

O presidente da FCF, Mauro Carmélio, acompanhou toda essa polêmica que envolve Fortaleza e CRB. Examinou o desdobramento diante da postura assumida pelo Campinense e pela Federação Paraibana. Mauro e o advogado Marcelo Desidério estudaram a questão. Foram tomadas as providências cabíveis na esfera jurídica. Tudo visando a impedir que o futebol cearense seja prejudicado, apesar da pressão de alguns segmentos que querem seu retrocesso.

Observações

O goleiro Fernando Henrique mais uma vez o melhor. Nota dez. /// Estreia de Leandro Chaves agradou, máxime no primeiro tempo. Esperança de que finalmente o Ceará tenha encontrado a solução para o setor. /// O Coritiba foi melhor na maior parte do jogo, onde, em momentos, combinou velocidade e toques perfeitos. Chegou a entrar fácil na defesa alvinegra. Mas Fernando Henrique barrou as pretensões do visitante. /// Osvaldo voltou, mas sem aparecer muito. Entretanto, valeu o toque sutil com que, ao enfiar a bola para Vicente, tirou de tempo a defesa do Coxa. /// Edmilson na medida de suas atuais condições, fez a parte que lhe coube. Boa opção em cobranças de falta. Belo o seu gol.

Confiança na absolvição

O advogado Jorge Mota, quando presidente do Fortaleza, viveu o auge do clube, então na Série A nacional. Amanhã, Jorge fará parte do grupo de advogados que defenderá o Leão no polêmico caso com o CRB. Ontem conversei muito com Jorge. Ele se mostrou seguro, apoiado em argumentos fortes. Em nenhum instante deixou dúvida sobre a absolvição tricolor.

Amplo debate

Os argumentos do Fortaleza no julgamento serão definidos nas próprias imagens. Para cada acusação, uma resposta consistente será dada. Quanto ao pedido de alguns atletas tricolores junto ao atacante Aloísio Chulapa no sentido de o CRB facilitar a marcação de um gol do Leão, os advogados do Fortaleza entendem que em nenhum momento houve oferecimento de vantagens ao CRB. Nem caracterizada ficou a aceitação do pedido.

O outro lado

O Campinense, fundamentado no Art. 242 do CBJD, pede o rebaixamento do Fortaleza para a Série D. O advogado do Campinense, Carlos Francisco Portinho, anexou ao processos todos os vídeos divulgados pelas emissoras de televisão. O Art. 242 prevê a eliminação do time que prometer vantagens ao adversário para influenciar o resultado do jogo. Na ótica tricolor, não houve infração ao citado artigo, pois nenhuma promessa de vantagem foi feita.

Recordando

1953. Esporte Clube Limoeiro no dia em que no Parque Rio Branco comemorou seus 11 anos de fundação. A partir da esquerda (em pé): Adir, Dedé Malagueta, Lírio, Antonio Limoeiro (jogou também no Ferroviário), Luiz Limoeiro e Lourival Nunes. Na mesma ordem (agachados): Zé Ivan, Marreta, Chico Limoeiro, Vandir Osterne e Zé Nonato. (Colaboração de Meton Maia e Silva).