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A última batalha

No programa Debate Bola (TV Diário), acompanhei uma guinada da torcida do Fortaleza. Primeiro, houve protesto veemente contra tudo o que está no Pici. Reação natural para quem vinha de humilhante goleada diante do América (4 x 0) em Goianinha. Depois, fiz ver aos torcedores a necessidade de mudança de postura para a batalha final, sábado, no PV, contra o CRB. Valerá tudo contra a queda para a Série D. No programa, a conclamação: esqueçam o que houve até aqui. Agrupem-se em torno do time para fortalecê-lo na última instância. Ainda é possível, num ato final, evitar o desastre. A torcida entendeu. Aí vieram as manifestações positivas e de adesão. Feliz a mensagem enviada por um torcedor. Ele disse que seu amor pelo Fortaleza não dependia de divisão. Todos, pois, a postos para a batalha derradeira. É uma convocação.

Dedicação

O secretário de Esporte e Lazer do Município, Evaldo Lima, doou-se na tarefa de acompanhar todas as etapas de reforma do PV. Amanhã, acontecerá o momento tão esperado, ou seja, o de entregar ao público um Estádio Presidente Vargas totalmente pronto conforme os padrões internacionais adotados e exigidos pela FIFA. A festa de amanhã, quando do jogo master Brasil x Argentina, tem muito dele, Evaldo. Eu vi o quando ele lutou para alcançar esse desiderato.

Contra a queda

A situação tricolor é complicada. Impera o desalento, a descrença. Mas não pode ser assim para o último jogo. Substituam o retrato falado dos desacertos nos segmentos superiores (de Renan Vieira a Paulo Arthur, de Paulo a Osmar Baquit; de Ferdinando Teixeira a Arthur Bernardes, de Bernardes a Márcio Rocha, de Rocha a Ademir Fonseca, de Ademir a Júlio Araújo) pela ideia de união, ainda que temporária. E façam de conta que, de repente, houve inesperada metamorfose. Só assim será possível buscar alguma força para, pelo menos agora, durante os 90 minutos e acréscimos do jogo diante do CRB, evitar a contaminação decorrente das incertezas e apreensões, nascidas de tantas discordâncias.

Serenidade de presidente

Evandro Leitão há mantido a calma nos momentos mais difíceis do Ceará. Ponderou o quanto possível, visando a evitar o desgaste de nova mudança de treinador. Depois da goleada aplicada pelo Botafogo (4 x 0), ele viu Mancini já insustentável, mas o segurou por mais um jogo. Não deu mais. Mas valeu a demonstração de serenidade do presidente.

Treinador

A mudança de técnico não é tão simples como muitos pensam. Gera entre os atletas forte incerteza. Inquietação que acontece nas repartições quando há mudança de chefe. Entre os jogadores, a indagação de sempre: como será a maneira de agir ou como será o caráter do novo treinador? Bom, aí está o Ceará iniciando um novo ciclo. Queira Deus possa retomar o caminho da tranquilidade que foi perdido com Vagner Mancini. Começa tudo outra vez.

Selecionadas

No jogo de masters entre Brasil e Argentina, quarta-feira no PV, a presença de seis campeões do mundo pelo Brasil: Zinho, Viola, Zetti (R) e Ronaldão (R) em 1994; Vampeta e Edilson, campeões do mundo em 2002. Presentes também dois disputantes da Copa do Mundo de 1982: Luisinho e Paulo Isidoro (5º lugar), além de Careca que disputou a Copa do Mundo de 1986 (5º lugar) e 1990 (9º lugar). Dados de Airton Fontenele.

Recordando

Icasa na década de 1960. Estádio da LDJ em Juazeiro do Mrte. A partir da esquerda (em pé): Pirajá, Raimundo, Lírio, Zé Cícero, Muda e Ramos (foi presidente do alviverde). Na mesma ordem (agachados): Geraldino Saravá, Zé Augusto, ? , Tarcísio Facundo e Loulança. Detalhe: Geraldino, que jogou no Fortaleza, Ceará e Ferroviário, é o maior artilheiro do Castelão. (Acervo de Tarcísio Facundo).