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Diferença de qualidade

O Vasco em tudo superior. Poderia ter construído a vitória logo no primeiro tempo. Desperdiçou quatro claras oportunidades. Numa delas, Eder Luís fez fila entre os defensores do Vozão. Em outro momento, o goleiro Diego fez mais um de seus milagres. Mas na etapa final repetiu-se o que já vem sendo comum: o Ceará cedeu. E não teve força para segurar os vascaínos. A diferença de qualidade veio com Eder Luís que voltou a fazer fila e, desta feita, com passe preciso para Elton marcar 1 a 0. O Ceará quis subir, mas seu esboço de reação morreu no contra-ataque fulminante que permitiu Eder ampliar (2 x 0). Nem o gol de Washington (2 x 1), fruto de grave erro do goleiro Prass, animou o Ceará, pois a resposta cruzmaltina foi fulminante: Elton, 3 a 1. Depois disso, o Vasco, com muita competência, administrou a vantagem.

Objetivos

Há muito, não via tantas simulações tentando descobrir como o Fortaleza ainda poderá chegar à classificação ou, na outra ponta, escapar do rebaixamento. Creio que melhor para o Leão será desligar-se do que os outros terão de fazer. E, a partir daí, concentra-se no que ele, Fortaleza, terá de cumprir para alcançar seus objetivos. A preocupação com terceiros não mudará a história dos jogos deles. Portanto, ao Fortaleza caberá, em síntese, apenas duas coisas: ganhar do América/RN fora de casa e ganhar do CRB no Presidente Vargas. Nesta parte, mais na base do coração, da vontade, que de esquemas ou táticas. Não há mais tempo para preparação, mas apenas para execução.

Semelhanças

Mancini viu em São Januário filme semelhante ao que assistira no Morumbi. Quando o São Paulo fez 1 a 0, o Ceará quis reagir, mas abriu a guarda aos velozes Dagoberto, Cícero, Lucas. Tomou 3 a 0. Ontem, a mesma coisa. Após o Vasco marcar 1 x 0, o Ceará quis subir, mas viu os velozes Eder Luís, Diego, Bernardo e Helton fazerem a festa: Vasco 3 x 1. Conclusão: com o atual elenco, se abrir a guarda diante de times velozes, sempre tomará de três gols ou mais.

O Guarany vai à luta

Os maiores espaços na mídia estão sendo dados ao Fortaleza no exame das possibilidades de classificação ou rebaixamento. Mas o Guarany/S, com dois pontos a mais que o Leão, está na luta. Com time melhor definido, o técnico Oliveira Lopes mantém esperanças de vitória sobre o CRB. Ele está convicto de que ganhará no Junco, sábado. E tem condição, sim.

Recordando

Década de 1970. A partir da esquerda: o zagueiro Nena e o atacante Geraldino Saravá, quando juntos atuaram pelo Icasa. Eles são irmãos. Detalhes: Nena além do Icasa, atuou também pelo Fortaleza. Geraldino defendeu Fortaleza e Ceará, sendo até hoje o maior artilheiro do Estádio Castelão. Atualmente, Geraldino mora em Juazeiro do Norte. (Colaboração de Tarcísio Facundo).

Complicação em casa

Virou complexo a série de tropeços do Icasa no Romeirão, onde teoricamente teria de tirar todas as vantagens. Mas não tem sido assim. Novo tropeço, agora diante do Sport/PE (2 x 2). Já mostrei que, se tivesse aproveitado todos os pontos disputados em Juazeiro do Norte, o Verdão do Cariri teria virado o turno como líder da competição. Agora está afastado apenas três pontos da zona de rebaixamento. E precisa tomar cuidado.

Muitos títulos

Conheci Ricardo Gomes na Copa da Itália. Dados do pesquisador Airton Fontenele sobre Ricardo: pelo Fluminense foi campeão brasileiro em 1984 e tri carioca (1983/84/85); campeão português pelo Benfica (1989 e 1991); campeão francês pelo Paris Saint-Germain (1994). Pela Seleção Brasileira principal: 49 jogos e fez 4 gols. Campeão do Torneio Bicentenário da Austrália (1988) e da Copa América (1989). Disputou a Copa da Itália em 1990.