Lições de uma grande vitória
A apresentação do Ceará na vitória sobre o São Paulo a todos encantou. Mas fica no ar a pergunta: por que um dia o time dá show de bola e num outro, como na derrota para o Avaí, desmancha-se na incompetência? Não sei. Ainda bem que o fantasma do jejum de gols foi espantado. Fez dois. Mas ainda assim o índice de perdas de gol continua elevado. Para isso, Roger contribuiu com erros imperdoáveis. Restou provado que Rudney ganhará a posição na proposta ofensiva de Mancini. Mas no lugar de quem? No de João Marcos, impossível. João é a certeza de um trabalho incansável na meia-cancha. Fica a opção: se a proposta é de maior cautela, tem João; se mais aguda tem Rudney. Egídio tem seu valor, mas Vicente, com mérito, continua titular. No ataque, Roger ficou devendo. Nicácio fica para a definição; Washington para as bolas altas.
Em busca do melhor
Uma das dores de cabeça do técnico Mancini tem sido encontrar alguém que se firme na meia-esquerda do Ceará. Por ali passaram Eusébio, Diguinho, Thiago Humberto, Enrico e Felipe Azevedo (foto). Por incrível que pareça, Felipe Azevedo, que lá já atuara sem corresponder, já agora, na vitória de virada sobre o São Paulo, saiu-se bem. Não digo tenha feito o máximo, mas sua participação agradou, principalmente pela movimentação. Quem sabe possa agora se formar de vez...
Confiança
As duas vitórias seguidas, conseguidas pelo Fortaleza, quebraram tensões. Dirão que a vitória sobre o Horizonte, pela Copa Fares Lopes, difere pelo objetivo e qualidade da disputa. Isso pode até ser questionado, mas, na minha avaliação, vale a redescoberta do caminho do triunfo, fato que dá mais confiança ao grupo. Reafirmo: se o Fortaleza apresentar em Campina Grande o mesmo padrão mostrado na virada sobre o Guarany de Sobral, principalmente aquele nível de produção do segundo tempo, certamente terá condições de trazer três pontos. Apesar dos senões anotados na derrota para o América/RN, os avanços posteriores animaram e neutralizaram o pessimismo antes existente.
Energia interior e superação
O Fortaleza passou meses de espera. A última vitória tricolor em jogos oficiais tinha acontecido no dia 17 de abril (3 a 2 no Quixadá, no Abilhão, Campeonato Cearense). O início na Série C fora assustador. Agora, após a vitória sobre o Guarany/S, todos se unem a Osmar Baquit para reverter a situação. Nesta parte, a energia, a força interior será fundamental.
Notas & notas
Amanhã, sábado, dia 13, às 9 horas da manhã, no CPQT (Rua Padre Francisco Pinto, 114), perto do PV, o Memofut homenageará o desportista e empresário Lívio Amaro, ouvindo-o em depoimento para a posteridade. Lívio foi dirigente do América campeão cearense de 1966 e um dos introdutores do futsal em nossa terra. O Memofut trabalha na preservação da memória do futebol brasileiro. Estarei lá ao lado de Cristiano Santos e Saraiva Júnior.
Inversão
Hoje, o imprevisível Icasa enfrenta o Guarani em Juazeiro. Digo imprevisível porque vem invertendo a ordem das coisas: complica no Romeirão e consegue bons resultados fora. No jogo passado, empatou com o ABC em Natal. O Guarani/SP faturou nove pontos nos últimos três jogos e saiu da zona maldita. O Icasa permanece na zona, mas a diferença entre ambos é de um ponto (18 a 17) só. Já é hora de o Verdão não mais se complicar em casa.
Recordando
Década de 1960. Guarani de Juazeiro do Norte. A partir da esquerda (em pé): Bagaceira, Tetéu, ? , Zequinha e Narcélio. Na mesma ordem (agachados): Messias, Mauro, Zé Alfredo, Gonçalo, Cícero e Vabolinha. Foto batida no antigo Estádio da Liga Desportiva Juazeirense (LDJ), pois o Estádio Romeirão só foi construído na década de 1970. (Colaboração de Tarcísio Facundo.