Consciência profissional
O Ceará está amadurecido e não se deixa levar pelo enganoso canto de que o jogo de logo mais será fácil, tomando-se por base a pífia campanha do adversário, que é o lanterna da competição. Esse tipo de avaliação duvidosa já causou grandes estragos aos que, de forma soberba, menosprezam as equipes em situação assim. Já adverti, em comentário anterior, que o Botafogo/RJ, exatamente por ter cometido grave erro de percepção, acabou sendo derrotado por esse Atlético que, até então, não ganhara de ninguém. Mas a consciência profissional alcançada pelo Ceará em nenhum momento admitiu jogo fácil hoje. Pode até reconhecer confrontos mais difíceis, mas jamais entender moleza na Série A. Com espírito assim, os riscos de uma surpresa ficam reduzidos a quase nada. E a margem de acerto, claro, aumenta sobremaneira.
Em ação
A bela atuação de Felipe Azevedo, no empate (1 x 1) com o Flamengo em Macaé, levou o técnico Vágner Mancini a estudar novas alternativas para encarar o Atlético/PR logo mais. Costumo dizer que jogador também se escala. Basta que, com notável desempenho, leve o treinador a rever conceitos, máxime quando o eco das arquibancadas também confirma a aprovação coletiva. Ótimo para o treinador que passa a ter opções para variar o modelo tático, caso assim o queira.
Dificuldades
Há algo que observo há muitos anos: o crepitar das vaidades nos chamados clubes de massa. Nunca vi mexer mais com o ego das pessoas do que os ambientes de televisão e postos de direção em clubes de futebol. As pessoas, sem perceber, passam a se "achar". Alguns dirigentes de futebol, então, porque aparecem em matérias na TV e têm fotos estampadas em jornais, logo viram celebridade. Aí vem o ciúme dos pares menos focalizados. No Fortaleza, se todos os segmentos estivessem unidos, haveria suporte de sobra para o time sair de toda e qualquer situação desfavorável. Mas as veleidades ainda não permitiram que todos chegassem juntos. Daí a sequência de dificuldade de cada dirigente.
Jangadeiros, velas e emoções
Domingo próximo, às 10 horas da manhã, a largada da Regata Dragão do Mar na enseada do Mucuripe. A tradicional competição contará com mais de 50 participantes, dando um toque especial de cores e muita emoção. Uma atração a mais para o público, porquanto o circuito total, marcado por boias, poderá ser visto da praia. A TV Diário transmitirá ao vivo.
Aposta incisiva
O Fortaleza, pressionado pela situação, providenciou reforços: Carlinhos Bala, Patrick Leonardo, Gabriel Pimba e William. Tipo da contratação em bloco que não terá de esperar um tempo para o grupo entrar em forma. Faz o tipo "desembarque imediato": do avião, todos já uniformizados, direto para o campo de jogo. E prontos para resolver a questão. As situações emergenciais exigem resposta imediata. A aposta é incisiva. E necessária.
Tormento
Decisão nos pênaltis está virando tormento para os brasileiros. Além da eliminação na Copa América ao perder quatro cobranças diante do Paraguai, some-se a isso a derrota do Internacional para o Barcelona na Copa Audi, torneio amistoso realizado em Munique na Alemanha. Na decisão nos pênaltis, Leandro Damião e Zé Mário desperdiçaram e o Inter foi despachado pelo time espanhol. Não era assim no tempo de Roberto Dinamite, Zico, Bebeto...
Recordando
Década de 1970. Combinado juazeirense que no Romeirão ganhou do Olaria do Rio. No Olaria atuou Garrincha, que fazia temporada de despedia por estados brasileiros. A partir da esquerda, só os jogadores (em pé): Zé Antonio, Nena, Zé Quinto, Claudemir, Catolé e Edinho. Na mesma ordem (agachados): Dote, Benício, Geraldino Saravá, Luiz Francisco e Bié. (Colaboração de Tarcísio Facundo).