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Nova superação tricolor

O segundo jogo do Fortaleza, embora ainda seja início de campeonato, terá novo desafio: o grupo não se deixar abalar pela despedida do técnico Ferdinando Teixeira. Portanto, outra superação, além da exigida pelo próprio adversário, o América/RN. O pusilânime tricolor da estreia, que aceitou sem reação a situação adversa, terá de fazer-se respeitar. Se ganhar o jogo de amanhã, elevará o moral para enfrentar os demais obstáculos. Se tropeçar, ingressará nos repetidos martírios da Série C do ano passado, quando perdeu preciosos pontos dentro de casa. É incrível como este segundo jogo assume aspecto de decisão. Não a decisão da vaga, mas decisão entre a crença e a descrença. Para chegar à classificação o Fortaleza precisará outra vez a creditar em si. Enquanto houver inquietações internas, ampliados ficarão os percalços.

Setentão

O jornalista Sílvio Carlos completa hoje 70 anos, 51 dos quais dedicados ao esporte amador. É tido e havido como o maior marqueteiro do esporte cearense. Reergueu o futsal alencarino, em parceria com a TV Diário. No futebol profissional, ocupou vários cargos no Fortaleza, inclusive o de presidente, quando levou o tricolor ao título estadual. Mas Sílvio, acima de tudo, é um ser humano admirável porque caridoso, solidário, amigo, leal, sincero.

A diferença

Ouvi argumentos interessantes sobre o Flamengo que enfrentará o Ceará. Diziam os analistas que o Mengo de hoje não é mais aquele que perdeu a vaga para o Ceará na Copa do Brasil. Passam a ideia de que os cariocas melhoraram; o Ceará, não. Tudo bem: a classificação da Série A mostra isso: o Flamengo é o terceiro (20 pontos); o Ceará é o décimo (14 pontos). Reconheço: o Flamengo cresceu de produção, sim, e as condições lhe são favoráveis. Mas o atual certame há mostrado que a diferença entre os clubes, embora exista, não me parece tão abismal como há algum tempo. Ainda entendo que, com aplicação, o Ceará poderá trazer resultado satisfatório, mas reconheço o favoritismo carioca.

Arnaldo Lira bem cotado

Com a saída de Ferdinando Teixeira, passa a ser prioridade da diretoria a escolha do novo comandante tricolor, que terá a missão de conseguir o acesso à Série B. Os nomes cotados são Arnaldo Lira, atualmente no Bahia de Feira, campeão baiano, e Luís Carlos Martins, conhecido como o Rei do acesso na Série A2 do Campeonato Paulista. Prefiro a primeira opção.

Rotatividade

Eu não sei que profissão apresenta maior transitoriedade: se a de técnico de futebol ou a de publicitário. Explico: publicitário muda muito de agência. É incrível. E técnico de futebol, nem pensar. Vágner Mancini está cheio de propostas. Ele está num momento feliz. Mas sabe que nem toda proposta de mudança, mesmo que haja boa vantagem financeira, pode prevalecer. Mudar é operação de risco, máxime se o elenco do novo time não for o ideal.

Dupla decepção

Na Copa de 2010, na África do Sul, as seleções do Brasil e da Argentina chegaram como fortes candidatas ao título. Decepcionaram e voltaram para casa mais cedo. Na atual Copa América, novamente as seleções da Argentina (esta principalmente porque anfitriã) e do Brasil chegaram como favoritas, mas foram eliminadas nas quartas de final. Conclusão: a badalação foi muito superior à qualidade do futebol apresentado. Badalação não ganha jogo.