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Exemplo de um ídolo

Há jogadores que ganham o coração da torcida, não apenas pelo talento em campo, mas também por encarnar o espírito do time, numa identificação de corpo e alma. Assim é Geraldo, o atleta que mais se doou ao Ceará nos últimos tempos. Na campanha que fez o Ceará subir para a Série A nacional, ele foi a imagem do líder incontestável, que rompeu obstáculos e conduziu o grupo nos momentos mais difíceis. Quando o Ceará esteve a perigo de ser rebaixado na "A", foi dele a liderança que dentro e fora de campo segurou e recompôs as forças do grupo. Sua também a importante contribuição para a permanência alvinegra na elite do futebol brasileiro. No título estadual deste ano, lá estava Geraldo timoneiro. Nos últimos anos, o sucesso do Ceará sempre esteve ligado à participação de Geraldo. Exemplo de profissional, exemplo de ídolo. Lamentei sua saída.

Outro admirável

Gosto de enaltecer jogadores de futebol que dignificam a profissão. Lembro de Cleisson, notável meia que encerrou a carreira no Fortaleza em 2009, quando ainda tinha muito a oferecer. Na época, ele declarou que perdera a alegria de jogar. Lamentei. Cleisson, quando pendurou as chuteiras, ainda desfilava talento e experiência. Era referência. Fora de campo também era exemplo, já por seu belo caráter, formação moral e religiosa. Ele jogou no Flamengo, Grêmio, Atlético-MG, Náutico, Sport, Belenenses de Portugal e Pongo Szczecin, da Polônia. Foi campeão da Copa Libertadores pela Cruzeiro em 1997 e ganhou estaduais no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Perseverança

Washington vive ótimo momento no Ceará. Mas ele já passou por situações difíceis quando os gols sumiram e tinha contestada a sua escalação. Perseverante, suportou a reserva. Agora ganhou novamente a condição de titular. Os mais importantes gols do Ceará nos chamados jogos difíceis foram marcados por ele. Interessante: jamais o entrevistei. Nem sequer com ele conversei uma única vez. Agora terá a sombra de Roger. Novo motivo para aplicar-se ainda mais.

Identificação com o clube

O Fortaleza teve de mudar. Deixou a imagem dos que perderam o penta estadual e apostou noutra equipe. Mas, pelo que vi sábado, há remanescentes que não poderão ficar à margem. Caso de Gilmak que, além de melhor futebol, tem identificação com o clube. Sua não utilização na estreia foi um grave erro de avaliação.

Recordando

Esta foto já foi publicada há alguns dias, mas a repito hoje para fazer uma correção. Chegada de Zizinho para treinar o Ceará Sporting Clube no final da década de 1970. A partir da esquerda: o técnico Zizinho, Ivonísio Mosca de Carvalho e Tarcísio Ximenes. Quando a publiquei, em vez de citar Ximenes, disse que se tratava de Gerardo Brito. Peço desculpa pela equívoco.

Contratações

Costumo evitar comentários sobre jogadores que chegam. Geralmente dou um tempo para saber o momento do atleta. Não adianta que este foi. Adianta, sim, o que ele é. Colocação válida para o atacante Roger que o Ceará trouxe. Colocação válida também para Preto e Isael que o Fortaleza contratou. A propósito, parabéns ao Roger pela entrevista, máxime quando fez respeitosa referência a Washington. Pelo visto, disputa limpa, leal, pela posição. Ótimo.

Notas & notas

O garoto cearense João Victor deu um baile no Campeonato Brasileiro infantil de tênis de mesa. Derrotou na final em Recife/PE o conterrâneo Francisco de Sousa. Antes, ele vencera Vítor Loureiro/PA.

Na categoria reich (que analisa talento e nível técnico) João Victor classificou-se em 2º lugar.

Justo motivo para Germana e João Belfort, pais do campeão, estarem esfuziantes de alegria. Certamente novos títulos virão.