Desdobramentos da derrota
O Ceará perder por 3 a 1 para o Coritiba, no Estádio Couto Pereira, é resultado normal. A derrota até poderia ter sido absorvida sem problemas, se o alvinegro tivesse apresentado bom futebol. Dou exemplo: mesmo tendo perdido para o São Paulo em pleno PV, a torcida naquela ocasião aceitou o revés porque viu o Ceará crescer na produção e vislumbrou as possibilidades de significativos avanços. Aliás, estes vieram no jogo seguinte com a bela vitória sobre o Palmeiras (2 x 0) também no PV. Mas recaída alvinegra trouxe de volta os velhos defeitos. A defesa confusa e o ataque inoperante. No primeiro tempo, então, sumiu aquela rígida marcação. Não poderei debitar a frouxidão do sistema à ausência de João Marcos. Houve um desarranjo total como a chamar Mancini a começar tudo de novo. Que irregularidade de produção, gente!
Mudanças
Há mexidas necessárias e desnecessárias. Minha opinião é simples: mexer só quando for preciso mesmo. Explico: Diego Sacoman é bom jogador. Disso todo mundo sabe. Mas a dupla que vinha afinada era Fabrício e Erivelton, já pela automação. Os dois vinham cumprindo bem suas funções. Não havia motivo nenhum para mudança. Mas, tudo bem. Cada treinador tem sua maneira de agir e pensar. Apenas exteriorizo meu pensamento sobre a questão.
Incômodo
A zona de rebaixamento voltou a estar próxima do Ceará. É um incômodo. Além disso, é bom frisar: o Santos, que está na zona maldita, tem dois jogos a menos. Ao Peixe falta jogar com o Corinthians e com o América/MG. Portanto, tem margem para ganhar até seis pontos. A tendência é o Santos sair da zona e complicar a vida dos demais da faixa. Cada time não pode perder de vista os seguidores mais próximos. Uma vantagem do Ceará é saber que um dos adversários do Santos é o América/MG, que está na zona e afundará mais se perder o jogo diante dos santistas. O Ceará, no próximo jogo aqui, pega o Atlético/MG, que foi goleado pelo Inter (0 x 4). Chance para o Ceará subir na classificação.
Guto em primeiro plano
A torcida tricolor não tinha dúvida. Eu também não tinha. Guto jamais ficaria fora de um time que tivesse como critério a qualidade do jogador. E aí está o Guto nas formações principais, testadas por Ferdinando Teixeira. A foto é sugestiva porque mostra Guto no primeiro plano. E, mais distante, os que também lutam para confirmar presença no time titular.
Pequenos detalhes
O técnico Ferdinando Teixeira vai concluindo a estrutura teórica do Fortaleza. Mais ou menos dentro do que ontem avaliei, ou seja, a descoberta de quem casa melhor com quem. Mas a parte mais importante vem agora, a duas semanas para a largada da Série C nacional: o teste prático. É como um carro quando, antes de sair da fábrica, vai para o controle de qualidade. Instante em que os pequenos detalhes poderão fazer grande diferença.
Selecionadas
As seleções principais de Brasil e Venezuela, de 1969 a 2009, enfrentaram-se 20 vezes. Foram 18 vitórias do Brasil, apenas uma vitória da Venezuela (2 x 0, em 2008, num amistoso em Boston/EUA) e um empate (0 x 0, em 2009, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, por sinal último jogo entre ambas). Nas disputas pela Copa América, de 1975 a 1999, supremacia dos Brasileiros (cinco jogos e cinco vitórias). Dados de Airton Fontenele.