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No rumo certo

O Ceará, pelo que produziu do na vitória sobre o Palmeiras, parece ter reencontrado o modelo que melhor lhe convém, em vista do elenco disponível. Os ajustes poderão prosperar na medida em que forem feitas as devidas correções de rumo. O aproveitamento dos novos contratados, no devido tempo, também será desafio para Vagner Mancini. Da mesma forma, o uso inteligente do potencial do banco será fundamental. Lá estão jogadores como Geraldo e Iarley. Num campeonato de longa duração, provocador de intensos desgastes, a rotatividade por punições e contusões é expressiva. O socorro aos reservas muitas vezes é o caminho para grandes triunfos. Administrar veleidades e estimular disputa sadia pela condição de titular é tarefa singular que requer sensibilidade por parte do treinador. Mais importante foi confiança reconquistada.

Adaptação

O meia Thiago Humberto fez convincente apresentação na vitória sobre o Palmeiras. Coroou com belo gol. No meu entendimento, seu melhor desempenho desde que aqui chegou. No final, na entrevista mostrada pela TV Diária, ele, discreto, fez referência ao crescimento da equipe como um todo. Entendeu que o grupo buscou e conseguiu superar as críticas mais fortes que sofrera por parte da crônica e da torcida. Thiago é bom e poderá render muito mais ainda.

Mais um campeão

O Ceará recebe mais um campeão do mundo: Edmilson. Nasceu em Taquaritinga/SP no dia 10 de julho de 1976 (34 anos). Zagueiro/volante, seis jogos e um gol pela Canarinho penta em 2002 na Copa do Mundo Coreia/Japão. De 2000 a 2006, atuou 37 vezes pela seleção principal do Brasil, com 22 vitórias, oito empates e sete derrotas. Marcou apenas um gol na Copa 2002 diante da Costa Rica. Colaborou para a classificação do Brasil para a Copa 2002 e para a Copa 2006. Mas desta última, por motivo de contusão, foi cortado às portas da competição. Na Canarinho esteve sob o comando de Luxemburgo (2 jogos), Felipão (12 jogos), Zagalo (um jogo) e Parreira (14 jogos). (Dados de Airton Fontenele).

Circunstâncias favoráveis

Esperança de gols no Fortaleza está em Gustavo Papa (Gustavo Saibt Martins). Tem larga experiência, inclusive no futebol alemão. É o homem no qual os tricolores depositam toda confiança. Na Série C 2010, a aposta em Finazzi não deu certo. Agora, porém, as circunstâncias são melhores do que as da época de Finazzi. Gustavo tem tudo para corresponder.

Um todo

O técnico Ferdinando Teixeira tem cuidado de deixar bem clara e definida a sua posição: não há grupo de fora nem grupo de remanescentes. Na verdade, há um único Fortaleza, com todos imbuídos do melhor ideal de buscar a ascensão. Quando Ferdinando escalou o maior número de atletas de fora, nada mais fez senão buscar conhecê-los melhor, pois os de casa ele já conhecia muito bem. Quem for melhor se estabelecerá.

Rigor na escolha

Passado o jogo de apresentação diante do Trairiense, o Fortaleza quer agora consolidar o projeto que visa a levá-lo à Série B nacional 2012. Talvez seja essa a etapa mais complicada a ser enfrentada pelo técnico Ferdinando Teixeira que já aponta caminhos. Até o dia 17 de julho, data da estreia diante do CRB em Alagoas, os testes terão de ser num rigor sempre crescente, razão por que a escolha dos adversários exigirá criteriosa atenção.

Recordando

Década de 1970. Ferroviário Atlético Clube. A partir da esquerda (em pé): Esteves, Ivan Limeira, Marcelino, Hamilton Aires, Eldo e José Maria Paiva. Na mesma ordem (agachados): Zezinho, Simplício, Odacir, Amilton Melo e Alísio. Detalhes: faz tempo não vejo Marcelino. José Maria Paiva deixou o futebol. Zezinho foi campeão do Nordestão de 1969 pelo Ceará. (Colaboração de Elcias Ferreira).